Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias da sexta-feira, dia 25 de outubro de 2024
O dia 25 de outubro de 2024 não volta mais , mas no deixou manchetes espetaculares , 25 de outubro de 2024 entre ataques, sonhos e revisões, seguimos. Como aqueles que estudam para o Enem, cada um de nós espera por um futuro melhor, um gole de água, um pouso seguro. Talvez um dia o mundo aprenda com Nicole e seus sonhos astronautas: a olhar para cima, mas com os pés no chão e o coração, sempre, na direção das estrelas.
Manchetes da sexta-feira, dia 25 de outubro de 2024
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE
Era uma dessas manhãs em que o café parecia forte demais para a vida e fraco demais para a realidade. O Enem, esse vestibular glorificado, ganhou sua “Conexão” em Aracaju, com professores distribuindo macetes como se fossem folhas ao vento. É a última lapada para os jovens que carregam, com mochilas pesadas e olhos cansados, o peso do “futuro brilhante” prometido, embora o que vejam à frente seja um túnel cheio de incertezas e expectativas penduradas como roupas na chuva, secando devagar.
Mas enquanto os jovens se preparam para conquistar o mundo, aqui em Sergipe, quase 100 mil pessoas ficaram sem o essencial: água. Sim, o bem mais básico, o ouro líquido, escorregou por uma adutora rompida, deixando oito municípios mais secos que a própria esperança. Quase vejo as torneiras pingando poeira, como se estivessem tristes com a ausência daquele fluxo vital. A ironia está aí: numa terra de tantos rios e mares, de repente, o sertão parece que bate à porta do agreste, lembrando que a seca não respeita limites geográficos nem calendários.
E, falando em limites, não é que um carro resolveu testar os do bom senso em um posto de gasolina? Dois feridos e um susto daqueles que lembram que a vida, às vezes, é um passeio sem freio, especialmente quando a direção insiste em fugir do controle. Samu confirmou a tragédia pequena, mas significativa, mostrando que até o asfalto de Aracaju tem suas histórias de caos e desacerto.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, Nicole Vieira, essa jovem de Goiânia, nos mostrou que a cabeça nas estrelas não é só expressão, é realidade para quem sonha alto. Conquistou uma bolsa milionária nos EUA e agora quer ser a primeira astronauta brasileira. E quem somos nós para dizer que ela não pode? Entre cadernos, foguetes e olhos brilhando, Nicole nos ensina que é preciso “sonhar grande”, como ela diz. Ela é como uma estrela cadente em um céu nublado, iluminando brevemente as possibilidades que raramente tocamos.
Mas voltemos ao chão — ou melhor, ao subsolo da diplomacia mundial, onde China e EUA trocaram palavras afiadas como facas de sushi em praça pública. A embaixada chinesa acusou os EUA de “comentários irresponsáveis” sobre a relação sino-brasileira, enquanto o governo Biden parece mais interessado em enfiar o dedo na relação dos outros do que em arrumar sua própria casa. E o Brasil, nosso solo tão amado, parece um campo minado de alianças e interesses cruzados, onde a paz é uma palavra que se repete mais em discursos do que em ações concretas.
E por falar em conflito, o Irã interceptou um ataque israelense. É a briga que nunca acaba, com um cenário que mais parece um tabuleiro de xadrez, onde cada peça está à beira de cair no abismo. O espaço aéreo fechado, a tensão no ar como um trovão iminente, lembrando que, do outro lado do globo, vidas estão em jogo numa disputa que, há tempos, perdeu o sentido.
Entre ataques, sonhos e revisões, seguimos. Como aqueles que estudam para o Enem, cada um de nós espera por um futuro melhor, um gole de água, um pouso seguro. Talvez um dia o mundo aprenda com Nicole e seus sonhos astronautas: a olhar para cima, mas com os pés no chão e o coração, sempre, na direção das estrelas.