CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 19 de outubro de 2024
Entre vacinas e abraços cronometrados, números, a fé , matemática, peixes do mar que surpreendem com suas espadas. Notícias do dia 16 de outubro de 2024.
As notícias do dia 19 de outubro de 2024
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE
Sábado 19 de outubro, em Japaratuba, os cães e gatos tiraram folga das suas vidas de príncipes e princesas para receber a picada da vacina antirrábica. Nossos guerreiros peludos, ergueram suas patinhas em agradecimento. Na metáfora desse ato, fica claro que o cuidado e o carinho são as maiores forças que podemos oferecer a quem amamos, mesmo que eles andem sobre quatro patas e falem através de latidos e meados.
Enquanto nossos bichinhos são vacinados, o céu de Sergipe também parece entrar em festa, com as celebrações à Nossa Senhora Divina Pastora começando, como se o manto sagrado da fé cobrisse os fiéis. E assim, seguimos, entre velas e preces, equilibrando as contas da vida entre o divino e o terreno. Do altar à sala de aula, a fé ganha outra forma, dessa vez em números e fórmulas. Alunos sergipanos, com lápis em mãos e cabeças fervilhando, enfrentam a segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Matemática, como se cada equação fosse um obstáculo na maratona de mentes.
No campo da saúde, o Hospital Cirurgia nos lembra que não apenas a matemática precisa ser exata. A vida também exige precisão. Com o mutirão para a prevenção do câncer nas mulheres, é como se cada exame fosse um grito contra o tempo, avisando que a saúde não espera. É o alerta que o corpo faz para não ser esquecido enquanto corremos para acompanhar os dias, os números, e o calendário que insiste em avançar.
E por falar em números, a Mega-Sena continua sua saga, acumulando esperanças e ilusões. R$ 51 milhões no pote de ouro, enquanto 90 apostas se contentam com seus quase R$ 49 mil. Uma quina que para muitos é fortuna, para outros é só uma vírgula num cálculo muito maior. Assim é a loteria da vida: para alguns, os números são sorte, para outros, apenas um enigma a ser decifrado.
No campo, o Galo rugiu mais forte em São Januário. Hulk empata o jogo aos 83 minutos, o camisa 7, não deixou dúvidas: é preciso ter mais que músculos para vencer, é preciso ter alma. O Atlético-MG, com garra de campeão, eliminou o Vasco, e assim, avança à final da Copa do Brasil. Um espetáculo de força e estratégia, onde cada chute é um passo a mais rumo à glória, enquanto o Vasco, ferido, reflete sobre os erros que o tiraram da corrida.
A política internacional, porém, também se joga como um grande tabuleiro. Lula, nosso presidente, segue para Kazan, na Rússia, onde o BRICS discute seu futuro com a seriedade de um enxadrista. Enquanto isso, países como Venezuela e Nicarágua tentam entrar no grupo, como peças desejando ser promovidas. O Brasil, prestes a assumir a presidência do grupo em 2025, parece estar no centro de uma dança diplomática onde cada passo pode mudar o equilíbrio.
De volta ao solo nacional, o apagão em São Paulo acendeu as luzes do socorro financeiro. O Presidente Lula cria linha de crédito de R$ 1 bilhão para micro e pequenos empresários, uma quantia que, para muitos, será o fio de esperança que os manterá acesos em meio ao caos. Enquanto os temporais varreram a cidade, os comerciantes olham para o céu esperando que o próximo relâmpago seja de oportunidade, e não de destruição.
E no meio de tantas notícias, uma tragédia atravessa o mar. Uma surfista italiana, influenciadora digital, foi surpreendida por um peixe-espada, como se o oceano, antes um palco de conquistas, tivesse se transformado num campo de batalha. A morte dela nos faz lembrar que até o mar, com toda sua beleza, tem seus monstros ocultos, prontos para nos lembrar de nossa fragilidade.
Por fim, a Nova Zelândia, sempre inovadora, decidiu colocar limite até nos abraços. Três minutos, e nada mais. Se for mais longo, o estacionamento te espera. É como se até o afeto precisasse de um cronômetro, regulado pela urgência de fazer o mundo girar mais rápido. O abraço, que antes era refúgio, agora parece uma corrida contra o relógio, onde o amor precisa caber nos minutos de graça que a vida nos oferece.
Assim seguimos, entre vacinas e abraços cronometrados, tentando equilibrar as emoções e os números, a fé e a matemática, em um mundo onde até os peixes do mar podem nos surpreender com suas espadas. E nessa travessia, resta-nos vacinar a alma contra o esquecimento e abraçar o que realmente importa, mesmo que o tempo insista em correr mais rápido que nossos corações.