POESIA
Quietude
Na penumbra onde o silêncio se aninha,
Um sussurro de folhas dançando ao vento,
As horas deslizam como água de rio,
E a vida se tece em um fio lento.
O céu, um manto de sonhos desfeitos,
Reflete a paz que em meu ser se agita,
Cada estrela, um pensamento escondido,
No vasto universo onde a alma habita.
Caminho por caminhos de sombras e luz,
Em busca de ecos de um tempo esquecido,
As flores murmúrios, guardiãs da verdade,
Sussurram segredos que o coração tem ouvido.
Um instante, um suspiro, um breve olhar,
A quietude abraça tudo ao redor,
E na calma profunda, eu me encontro,
Em meio ao caos, sou o próprio amor.
No último raio que se despede do dia,
A brisa suave traz o cheiro do mar,
E na vastidão desse espaço sereno,
Aprendo que o silêncio pode falar.
Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE