CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 10 de outubro de 2024

As manchetes do dia 10 de outubro de 2024 entre o mar que avança e a seleção brasileira de futebol que volta a vencer.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 10 de outubro de 2024
Publicado em 11/10/2024 às 6:20

As notícias do dia 10 de outubro de 2024


Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


Senhores e Senhoras, abram as janelas dos seus olhos, ajustem o volume da mente, e vamos acompanhar o espetáculo de notícias do dia 10 de outubro de 2024. O palco está montado, as cortinas se abrem, e o show começa!

A Praia do Saco dança com o mar.
Ah, a natureza! Sempre exigente, sempre rebelde. A Praia do Saco, em Estância, agora é palco de um tango desaforado entre o mar e a costa. O oceano avança, como um amante possessivo, reclamando territórios que antes não lhe pertenciam. Casas e bares desocupados, como aqueles figurantes que, sem roteiro, foram empurrados para fora de cena. O mar, mais determinado do que nunca, decide ampliar seu império, enquanto os humanos observam atônitos, impotentes, como crianças diante de um castelo de areia desmoronando. Será que alguém esqueceu de avisar que, neste jogo, a maré é quem dá as cartas?

O Dia das Crianças e o Procon: a caça ao tesouro perdido.
Enquanto isso, em terras mais tranquilas, o Procon Aracaju fez seu papel de caçador de dragões inflacionários. Com uma prancheta na mão e o bolso vazio, a missão era clara: mapear os tesouros escondidos nas prateleiras de brinquedos. Foram analisados 29 itens – um verdadeiro zoológico de preços que fariam qualquer adulto suar frio. No fim das contas, parece que o presente ideal vai custar o equivalente a uma pequena fatia de dignidade. Mas, afinal, o que é um cartão de crédito esfolado em comparação ao sorriso de uma criança com seu brinquedo novo?

Peculato e lavagem de dinheiro: a velha dança do poder.
O enredo policial do dia não decepciona! Peculato e lavagem de dinheiro: o samba enredo favorito de uma certa classe política. O Ministério Público de Sergipe, com a eficiência de um maestro, regia mais uma operação contra aqueles que decidiram brincar de esconde-esconde com o dinheiro público. São 15 mandados de busca e apreensão, uma coreografia que já conhecemos bem. Mas será que, como em todo bom espetáculo, o público vai esquecer da última cena assim que as luzes se apagam? E amanhã, novos atores vão entrar em cena, prontos para o mesmo papel?

Brasil e Chile: a virada que todos queriam ver.
E para fechar com chave de ouro, no grande palco verde, o Brasil decidiu lembrar a todos que futebol, ah, o futebol, é pura arte dramática. Com menos de dois minutos, Vargas, do Chile, chutou a primeira pedra no lago tranquilo da nossa esperança. Mas o Brasil, esse protagonista que nunca decepciona, virou o jogo! Igor Jesus empatou, e Luiz Henrique, com a graça de quem desenha poesia nos pés, marcou o gol da vitória. Mais um capítulo para os livros de história do esporte, onde a virada é sempre mais doce que a vitória fácil.

Bets ilegais: a roleta do azar perde a vez.
Enquanto isso, nos bastidores das apostas, o governo decide que chegou a hora de cortar a energia das bets ilegais. É como se a festa clandestina tivesse sido interrompida pela polícia e o DJ, abruptamente, tirasse o plugue da tomada. Quem conseguiu sacar seu dinheiro, parabéns! Quem não conseguiu, bem, sempre haverá outra mesa de jogo por aí, não é mesmo? A Anatel, com sua caneta afiada, está pronta para mandar os fora-da-lei para a escuridão digital. Que comece a caça aos piratas do cassino virtual!

Israel e o Hezbollah: uma tragédia sem fim.
Do outro lado do mundo, longe das praias invadidas e dos presentes caros, uma tragédia de verdade mancha o palco da realidade. Israel bombardeou o centro de Beirute. 22 mortos, 100 feridos. O alvo? Um membro sênior do Hezbollah, que escapou por um fio. Não se trata de uma peça de teatro. Não há aplausos no final dessa cena. Apenas dor e um ciclo interminável de violência, como uma peça que se repete sem fim, sem protagonistas, sem redenção.

O Nobel de Literatura: um raio de luz.
E, no meio do caos, surge um sopro de arte, um raio de esperança. Han Kang, a escritora sul-coreana, leva para casa o Prêmio Nobel de Literatura. Em um mundo que parece estar perdendo a poesia, uma escritora nos lembra que ainda há beleza a ser encontrada nas palavras.

E assim, senhores e senhoras, o espetáculo do dia 10 de outubro de 2024 chega ao fim. O mundo continua girando, o cenário muda, mas os dramas, as ironias e as surpresas permanecem. Preparem-se para o próximo ato, porque, como sabemos, a realidade é o teatro mais imprevisível de todos.