CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 31 de julho de 2024

O último dia de julho de 2024 : Ladrão identificado, vagas ofertadas pela UFS, Ninhos de plástico, judoca brasileiro prejudicado e favorecimento de francês.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 31 de julho de 2024
Publicado em 01/08/2024 às 10:49

“Fechando o Mês com Chave de Ouro: Ironias e Metáforas no Último Dia de Julho de 2024”

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

No último dia de julho de 2024, o cenário nacional parecia um grande teatro, onde cada personagem representava uma peça do caos cotidiano.

Em Sergipe, um ladrão de sonhos foi identificado pela Polícia Civil. Ao contrário dos vilões clássicos, ele não levava ouro ou prata, mas celulares de um casal adormecido. O criminoso, sem maquiagem ou capa, compareceu à delegacia e, em um raro momento de sinceridade, confessou o furto. A justiça, agora, preparava seu palco para indiciá-lo, enquanto o casal lamentava a perda de suas janelas digitais para o mundo.

Enquanto isso, a Universidade Federal de Sergipe abria suas portas virtuais com 1,3 mil vagas para cursos a distância. No teatro da educação, a peça seguia um roteiro moderno: inscrições online, sem filas ou empurra-empurra, numa tentativa de democratizar o acesso ao conhecimento em tempos de pandemia digital.

No mesmo palco estadual, os números dançavam alegremente ao som de um crescimento de 137% nos empregos formais. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) celebrava como maestro, mas a melodia deixava uma sensação agridoce: seria esse um reflexo de uma recuperação real ou apenas uma ilusão passageira?

Longe dali, no litoral do Amapá, os pássaros Japiim estavam protagonizando um drama ambiental. Seus ninhos, feitos de pedaços de plástico marinho, eram um grito silencioso sobre a poluição. Como num triste balé, as aves dançavam entre o lixo, construindo lares frágeis, enquanto cientistas observavam preocupados, destacando que a poluição afetava a fauna marinha, a pesca local e o turismo.

No universo financeiro, o Banco Central vestia o manto da cautela. Com a Selic inalterada, o Brasil caía para a terceira posição no ranking dos maiores juros reais do mundo, deixando a Turquia e a Rússia como protagonistas nesse espetáculo de incertezas econômicas. As esperanças de uma queda nos juros em 2024 pareciam tão distantes quanto uma estrela cadente.

No cenário internacional, o Pentágono revelava um enredo sombrio: os acusados de planejar os atentados de 11 de setembro admitiram a culpa. Um sinistro lembrete dos horrores passados, enquanto o mundo assistia a essa confissão tardia.

Na política americana, Trump, sempre um ator principal polêmico, atacava Kamala Harris, insinuando que a vice-presidente usava sua identidade negra como ferramenta política. Mais uma vez, a cortina da divisão e do conflito era levantada, mantendo o público em constante tensão.

E no tatame do judô, Rafael Macedo enfrentou uma reviravolta digna de tragédia grega. A segundos do fim, uma punição polêmica o deixou sem a medalha de bronze. O árbitro, como um deus ex machina, decidiu o destino da luta contra o francês Hambou, deixando Macedo e os espectadores em um misto de frustração e incredulidade.

Assim, o último dia de julho de 2024 se encerrou, um mosaico de histórias e emoções, onde cada notícia era uma peça do complexo quebra-cabeça da vida moderna.