Política

PIRAMFEST

PIRAMFEST
Publicado em 13/06/2024 às 14:34

Em meio aos fogos de artifício e ao som pulsante das festas, a cidade de Pirambu parece ter encontrado sua verdadeira identidade: não mais apenas uma localidade no interior de Sergipe, mas um palco para celebrações incessantes. Talvez, seja hora de renomeá-la para “Piramfest”, afinal, com quatro grandes eventos em apenas seis meses, a cidade parece mais dedicada a festividades do que a resolver suas problemáticas cotidianas.Enquanto os cofres municipais se abrem generosamente para financiar os espetáculos de Réveillon, Carnaval, Pirambrega e agora o São João antecipado, é impossível ignorar a contradição gritante: há recursos para festas extravagantes, mas não para questões fundamentais como o pagamento do piso salarial dos professores. Anos se passaram desde 2020, 2022 e ainda persistem débitos pendentes do piso salarial, escolas em situações caóticas falta tudo e muitos professores praticamente “pagam para trabalhar ” falhas que não podem ser mascaradas pelas luzes coloridas e pela música animada das festas.Enquanto os foliões dançam e os turistas se maravilham com os espetáculos, os professores lutam para sobreviver com salários defasados e promessas não cumpridas. É uma ironia amarga ver tanto esforço e recursos dedicados a entretenimento enquanto as necessidades básicas da cidade são negligenciadas.Não há nada de errado em celebrar e festejar, mas é hora de priorizar responsabilidades. Que Pirambu, ou melhor, Piramfest, possa reconhecer que sua verdadeira grandeza reside não apenas na grandiosidade de suas festas, mas na capacidade de enfrentar e resolver os desafios que afetam diretamente a vida de seus cidadãos, começando pelo pagamento justo e pontual dos débitos do piso salarial dos professores dos anos de 2020, 2022, e a outra metade de 2023 e avançando para outras necessidades fundamentais da comunidade.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira