FUTEBOL - ESPORTE

O São Paulo venceu o Bahia

O São Paulo venceu o Bahia
Publicado em 01/07/2024 às 1:42

No coração pulsante do Morumbis, o destino resolveu brincar de malabarista em uma tarde de reencontros e desventuras. São Paulo e Bahia, dois gladiadores de camisa e chuteira, entraram em campo como atores em uma peça de Shakespeare, onde cada toque na bola era um verso e cada gol, um ato final.

O São Paulo, com ares de protagonista, abriu o espetáculo com uma cena digna de aplausos. Calleri, Ferreira e Luciano, os três mosqueteiros tricolores, desfilaram sua maestria diante de um público ávido por redenção. O primeiro gol, uma pintura de Calleri, foi como a pincelada inicial em uma tela que prometia ser uma obra-prima. Ferreira, com a destreza de um bailarino, encantou a plateia, fazendo os defensores do Bahia girarem como piões desorientados. E então, Luciano, com um toque sutil, selou o destino daquela tarde com o terceiro e decisivo ato.

Rogério Ceni, o filho pródigo que retornava ao lar, observava tudo com um misto de nostalgia e expectativa. Seu reencontro com a torcida era como um velho amigo que volta ao café onde outrora se discutiam filosofias e táticas. O Morumbis, mais do que um estádio, era um anfiteatro de emoções, onde cada canto ecoava memórias e sonhos.

O Bahia, por sua vez, não se deixou abater facilmente. Gilberto, como um cavaleiro solitário, aproveitou a hesitação da defesa são-paulina e cravou sua espada, diminuindo a desvantagem. Mas o destino já havia escrito outro final para aquela história. O VAR, esse juiz invisível dos tempos modernos, interveio para apagar a esperança de um empate, anulando um gol de Calleri e mantendo a vitória são-paulina intacta.

Enquanto o apito final reverberava, os pensamentos já se voltavam para o futuro. O São Paulo, aspirante ao G6, via na próxima rodada uma nova página a ser escrita, contra o Athletico-PR. O Bahia, buscando redenção, preparava-se para enfrentar o Juventude, na esperança de reescrever sua própria história.

E assim, no teatro do futebol, mais uma crônica foi escrita, onde os heróis do Morumbis saíram vitoriosos, mas conscientes de que a jornada é longa e cheia de surpresas. Como diria Shakespeare, “All the world’s a stage, and all the men and women merely players”. No fim, somos todos espectadores e atores dessa grandiosa peça chamada futebol.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira