Duda Lisboa, nossa estrela olímpica, voltou para casa como quem retorna do Olimpo, trazendo nas mãos o ouro que brilhou mais forte que o sol de Paris. Ao desembarcar em Aracaju, não era mais apenas a menina das areias, mas uma verdadeira deusa, aclamada pelas ruas como heroína de um conto escrito no pódio dos deuses.

A viatura dos Bombeiros, que outrora levava heróis de combate, agora era palco de uma nova guerreira. Duda flutuava sobre as avenidas, como se as próprias ruas se curvassem em reverência. As avenidas se tornaram corredores de glória, e a multidão, como ondas do mar, balançava ao ritmo dos aplausos, enquanto o farol da Coroa do Meio piscava como um farol para o sucesso.

E no domingo, não foi diferente. Em São Cristóvão percorreu da Universidade Federal de Sergipe até a Praça São Francisco, cada esquina parecia saudar a campeã com a mesma devoção que se vê em templos sagrados. O asfalto, agora seu tapete vermelho, carregava a marca de sua vitória, enquanto os aplausos ecoavam como trovões em um céu sem nuvens.

Duda não só trouxe o ouro, mas uma nova história. Uma história onde Sergipe, pequenino e caloroso, abraça sua filha de volta, aplaudindo, celebrando, e, acima de tudo, sonhando com o que mais virá das areias douradas do futuro.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE