Em uma tarde de emoções na Arena Bercy, Paris testemunhou um feito histórico para o esporte brasileiro. Pela primeira vez, a equipe feminina de ginástica artística do Brasil subiu ao pódio olímpico, garantindo a medalha de bronze. O time, formado por Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares, realizou apresentações que ficarão marcadas na memória do país.

A jornada até a medalha não foi fácil. Em uma competição acirrada, o Brasil estava fora da zona de medalhas até o último salto de Rebeca Andrade. Com uma performance impecável, Rebeca alcançou a pontuação de 15.100, garantindo o lugar do Brasil entre as três melhores equipes do mundo. As atletas brasileiras somaram 164.497 pontos, atrás apenas dos Estados Unidos, que conquistaram o ouro com 171.296 pontos, e da Itália, que ficou com a prata ao somar 165.494 pontos.

A vitória foi ainda mais significativa considerando o altíssimo nível das adversárias. Os Estados Unidos, liderados pela fenomenal Simone Biles, dominaram a competição com uma apresentação no solo que rendeu 14.666 pontos para Biles, solidificando a liderança da equipe americana.

O bronze brasileiro não só representa um marco inédito para a ginástica artística feminina do Brasil, mas também se soma a um desempenho notável do país nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Além da conquista no judô com Willam Lima (prata) e Rafaela Silva (bronze), e da skatista Rayssa Leal (bronze), a equipe de ginástica agora também brilha no cenário olímpico.

As brasileiras competiram em todos os aparelhos: barras paralelas, trave, solo e salto, enfrentando equipes de peso como China, Japão, Reino Unido, Canadá e Romênia. A classificação para a final, conquistada no último domingo (28), já era um motivo de orgulho. Mas a determinação e o talento das ginastas brasileiras superaram todas as expectativas, culminando em um resultado histórico.

Este bronze é mais do que uma medalha. É um símbolo de perseverança, talento e do crescimento do esporte no Brasil. A nação inteira celebra o feito dessas incríveis atletas que, com graça e força, escreveram uma nova página na história olímpica do Brasil.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE