Futebol
Fortaleza supera o CRB nos pênaltis e conquista a Copa do Nordeste
No gramado do Rei Pelé, Maceió fervia numa noite que prometia emoções à flor da pele. O Fortaleza, com o coração de seu povo tricolor batendo forte, enfrentava o CRB na decisão da Copa do Nordeste de 2024. O destino do título estava nos pés dos jogadores e no suor derramado ao longo dos 90 minutos de tensão pura.
Desde o apito inicial, o CRB, movido pelo clamor de sua torcida, se lançou ao ataque com a voracidade de um predador faminto. O Fortaleza, por sua vez, preferiu a cautela de um felino à espreita, aguardando o momento certo para contra-atacar. Mas, como num trágico prelúdio, aos três minutos, o artilheiro Moisés caiu em campo, vítima de uma lesão que soou como um presságio sombrio para os torcedores tricolores. Vojvoda, o maestro argentino, fez uma substituição rápida, colocando Machuca para tentar reescrever a história.
Os minutos se arrastaram com o CRB dominando, mas errando nas finalizações, como se uma maldição pairasse sobre suas chuteiras. Aos 39 minutos, o goleiro João Ricardo protagonizou um verdadeiro milagre, defendendo um chute de Alemão que já era comemorado como gol pelos alagoanos. O primeiro tempo terminou sem gols, mas com uma atmosfera eletrizante que anunciava um segundo tempo de arrepiar.
E veio o segundo tempo, com o CRB determinado a mudar o destino. Aos 21 minutos, João Neto, qual fênix renascida, aproveitou um escanteio tumultuado para abrir o placar, acendendo a esperança nas arquibancadas. E como se fosse movido por uma força invisível, João Neto, novamente, fez o segundo gol aos 41 minutos, levando a partida para os pênaltis.
O estádio respirava tensão. Cada cobrança era um duelo psicológico, um teste de nervos. O Fortaleza converteu todos os seus pênaltis com precisão cirúrgica. E então, o momento derradeiro chegou. Anselmo Ramon, pelo CRB, teve a responsabilidade de manter a disputa viva, mas seu chute encontrou o vazio da rede. A festa tricolor explodiu.
Fortaleza, tricampeão da Copa do Nordeste! Uma conquista que ecoa pelos sertões e praias do Ceará, celebrando a resistência, a paixão e a glória de um time que soube superar as adversidades. No final, como em toda grande epopeia, os heróis triunfaram, e o Rei Pelé testemunhou um espetáculo que será contado e recontado nas rodas de conversa e nos corações dos torcedores.
Escrito por Antonio Glauber Santana Ferreira