CRÔNICA

DUDA E ANA PATRÍCIA VENCEM, E BRASIL É OURO NO VÔLEI DE PRAIA FEMININO

A mineira de Espinosa Ana Patrícia e a sergipana de São Cristóvão Duda Lisboa conquistaram a medalha de ouro no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos Paris 2024.

DUDA E ANA PATRÍCIA VENCEM, E BRASIL É OURO NO VÔLEI DE PRAIA FEMININO
Publicado em 10/08/2024 às 8:13

Crônica: O Sol que Rasgou o Eclipse

Depois de 28 anos de um eclipse quase eterno no vôleidepraiafeminino, o sol finalmente rasgou a escuridão no horizonte do vôlei de praia brasileiro. Era como se o tempo houvesse estacionado em uma longa noite, em que a promessa de um novo amanhecer nunca se cumpria. Até que, em Paris, o sonho tornou-se realidade, e o ouro voltou a brilhar nas mãos da mineira Ana Patrícia e da sergipana Duda, duas gigantes que resolveram colocar fim à penumbra que cobria o pódio.

Dizem que todo eclipse tem sua hora de acabar, e o deste esporte nacional demorou, mas foi rompido com a força de um ataque certeiro, que rasgou o céu cinza e trouxe de volta a luz dourada que há tempos não víamos. Não foi apenas uma medalha; foi o retorno de uma velha amiga, aquela que um dia nos acompanhou fielmente nas areias do mundo todo, mas que, por razões misteriosas, havia decidido se afastar por quase três décadas.

Ana Patrícia e Duda, ao subirem no pódio, não ergueram apenas uma taça; elas içaram um farol que, como naqueles tempos de ouro, agora guiará uma nova geração pelas praias do mundo. O Brasil, que já foi o reino inquestionável do vôlei de praia, reencontrou seu caminho para o topo, seguindo a trilha aberta por essas duas guerreiras que se recusaram a se perder na escuridão.

E, assim, enquanto o sol se erguia sobre Paris, as duas atletas brasileiras devolveram ao país algo que lhe fora tirado: o orgulho de ser, novamente, o melhor sob o sol. Afinal, é nas areias que o Brasil sempre brilhou mais forte, e, graças a elas, o farol dourado que estava apagado voltou a guiar nossa nação rumo ao infinito.

Por isso, que jamais nos esqueçamos: mesmo após o mais longo dos eclipses, o sol sempre volta a brilhar. E, desta vez, ele veio para ficar.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE