Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do “espetacular” dia 27 de junho de 2024

No grande teatro da vida, onde cada manchete é um ato e cada notícia, um personagem, o cenário de 27 de junho de 2024 não decepciona. Eu Antonio Glauber desejo pra você uma boa leitura.

Começamos com o velho e conhecido senhor futebol. Em um espetáculo digno de Shakespeare, o São Paulo, nosso trágico herói, ressurgiu das cinzas como uma fênix após vencer o Criciúma por 2 a 1. Uma recuperação dramática, quase épica, que trouxe lágrimas aos olhos de seus torcedores. Enquanto isso, o Fluminense, pobre coitado, escorregou mais fundo nas areias movediças da zona de rebaixamento ao ser derrotado pelo Vitória. Não é à toa que o nome do time adversário sugere sucesso.

Na Série C, o Confiança, que ironicamente parece ter perdido o próprio nome, complicou-se ao ser derrotado pelo CSA. Seria uma crise de identidade, um paradoxo onde a confiança se transforma em desespero?

E no palco da saúde, Márcia Fellipe, a rainha do forró, foi parar no Hospital Regional de Estância, vítima de um vilão moderno: a exaustão. Parece que a dança frenética do sucesso a fez tropeçar, lembrando a todos nós que até os reis e rainhas precisam de um descanso.

No tabuleiro econômico de Sergipe, o jogo é brutal. Com mais de 756 mil inadimplentes, bancos e cartões de crédito são os peões traiçoeiros que levam as famílias ao xeque-mate. Uma realidade tão amarga quanto uma xícara de café frio.

Mas nem tudo é trevas em Sergipe. O TRE conquistou a nota máxima em acessibilidade, uma pequena luz de esperança brilhando no horizonte. Parece que, ao menos aqui, a inclusão venceu uma batalha.

O Pantanal, nosso majestoso bioma, arde em chamas, devorado por incêndios que já destruíram o equivalente a 684 mil campos de futebol. O gabinete de crise da PF promete investigar, mas será que conseguirão apagar as chamas da destruição ou apenas soprarão mais cinzas ao vento?

Enquanto isso, na capital do poder, o presidente Lula sancionou uma lei que parece saída de um romance distópico. Com uma mão, taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que ele chamou de “irracional”. Com a outra, incentivos a veículos sustentáveis. Uma mistura de chicote e cenoura que deixou o povo perplexo.

Na loteria da vida, a Mega-Sena acumulou e vai a R$ 110 milhões, um sonho dourado que alimenta a esperança de milhares. E, do outro lado do mundo, Biden e Trump protagonizam um debate presidencial que mais parece um duelo de titãs, com ataques pessoais que fariam corar qualquer novelista. Biden cita uma atriz pornô, enquanto Trump não perde a chance de alfinetar sobre o filho do presidente. Parece mais uma briga de colégio do que um debate político.

Para encerrar este dia de emoções, temos uma trama digna de novela mexicana: a ex-funcionária de uma vinícola espanhola, em um ato de vingança após ser demitida, sabotou a adega e derramou 60 mil litros de vinho, causando um prejuízo de R$ 13 milhões. Uma vingança servida fria, mas com um aroma inconfundível de rancor.

E assim, com uma taça vazia e uma sensação agridoce, encerramos mais um capítulo deste livro imprevisível chamado vida. Até a próxima, onde novas manchetes serão escritas com o sangue, suor , lágrimas e sorrisos de todos nós sem esquecer a riqueza poética e o olhar irônico para as páginas da vida.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira