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Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 29 de junho de 2024

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Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 29 de junho de 2024
Publicado em 30/06/2024 às 13:54

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 29 de junho de 2024

No dia de São Pedro, 29 de junho de 2024, o sol de inverno beija as areias de Sergipe e a festa junina aquece os corações, a manchete do dia trouxe uma série de espetáculos dignos de uma tragédia grega moderna.

Primeiro ato: As praias impróprias para banho. Seis delas, para sermos exatos, foram diagnosticadas pela Adema como insalubres. Imagine só, as gloriosas areias da Praia dos Artistas, outrora palco de tantas histórias, agora são o retrato de um descuido ambiental digno de lágrimas. O mar, que sempre foi o banho de alma dos sergipanos, tornou-se um caldeirão de perigos invisíveis. Será que São Pedro está zangado, ou é apenas mais um capítulo da nossa desatenção ecológica?

No segundo ato, vemos uma inversão paradoxal: Os hotéis em alta durante os festejos juninos. Quem diria? Enquanto as praias se afundam na sujeira, os hotéis surfam numa onda de ocupação. Quem precisa de mar limpo quando se tem quadrilhas, fogueiras e muito forró? E assim, o turismo resplandece na contramão da poluição.

E no palco do INSS, o drama se intensifica com um mutirão de perícia médica e avaliação social em Aracaju. É quase como uma corrida contra o tempo, com beneficiários tentando se agarrar às migalhas de dignidade social, enquanto os peritos lutam contra a maré de processos acumulados. Quem diria que a burocracia seria tão ágil num final de semana? Talvez seja o efeito mágico dos festejos juninos!

Avançando para um cenário mais acadêmico, temos a revelação sombria da auditoria que apontou R$ 3 milhões desviados de pesquisas na Unicamp e na Fapesp. É dinheiro que sumiu como poeira ao vento. Os cientistas, que deveriam estar descobrindo as maravilhas do universo, agora investigam buracos financeiros tão misteriosos quanto um buraco negro. É como se a ética acadêmica tivesse tirado férias sem data de retorno.

Em contraste, a tecnologia dá um passo à frente com o Pix Garantido. A promessa de uma alternativa ao cartão de crédito parece um lampejo de esperança. No entanto, não se engane! Diferente do crédito, aqui, é necessário ter o dinheiro em conta. Como um conto de fadas moderno, é uma bela promessa, mas ainda falta a fada madrinha que a transforme em realidade.

Enquanto isso, a cidade de São Paulo entra em alerta para baixas temperaturas. Abrigos provisórios são reabertos para os desabrigados. É um lembrete gelado de que, na cidade grande, a luta pela sobrevivência não tem folga, nem nos dias de São Pedro.

No cenário internacional, o Irã nos brinda com um final inesperado: a eleição presidencial irá ao segundo turno. É um duelo entre o moderado Massoud Pezeshkian e o linha-dura Saeed Jalili. A política iraniana se assemelha a um jogo de xadrez, onde cada movimento pode desencadear uma tempestade.

E para finalizar este espetáculo de ironias e contrastes, na França, a união da esquerda pode dar a vitória à direita radical. Macron, o estrategista do Eliseu, vê seu jogo virar. A dissolução do parlamento foi um tiro no pé? Apenas o tempo dirá, mas por ora, o palco francês está preparado para mais um ato de intrigas políticas.

E assim, terminamos mais um capítulo desta crônica onde a realidade supera a ficção. Porque, no fim das contas, viver no Brasil é um exercício diário de encontrar humor no caos e poesia no improvável.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira