CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 29 de julho de 2024
Sergipe registra circulação do vírus Oropouche, Núcleo de Apoio ao Trabalho oferta 33 vagas de emprego para Sergipe., Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões na terça-feira, Beatriz Haddad Maia perde para eslovaca e é eliminada da chave de simples das Olimpíadas Brasileira desperdiça chances e dá adeus ao torneio na segunda fase. Ela segue na disputa de duplas, juntamente com Luísa Stefani.
No caldeirão fervente das notícias, Sergipe assiste a um novo visitante indesejado. O vírus Oropouche chega como aquele parente distante que ninguém convidou, mas que se instala no sofá da sala sem cerimônia. Enquanto a SES toca a sinfonia do pânico, a notícia de duas mortes na Bahia ecoa como um alarme de incêndio num galinheiro.
Mas nem tudo é caos! O Núcleo de Apoio ao Trabalho decide distribuir 33 migalhas de esperança na forma de vagas de emprego. Num país onde a busca por trabalho é um verdadeiro campeonato de queda de braço, essa notícia soa como um convite para um banquete onde só cabe meia dúzia de felizardos. “Venha você também tentar a sorte!”, anuncia o cartaz invisível na porta.
Enquanto isso, na Venezuela, o drama político rivaliza com novelas mexicanas. A oposição, encarnada por María Corina Machado, jura de pés juntos que Edmundo González venceu as eleições. Mas o Conselho Nacional Eleitoral, com ares de mago em festa de criança, insiste que Nicolás Maduro é o grande campeão, com 51,2% dos votos – uma precisão que desafia até os melhores matemáticos. Em resposta, Maduro expulsa diplomatas de sete países, como um dono de bar irritado mandando embora os bêbados inconvenientes.
No sul da Índia, a natureza faz sua própria manifestação de poder. Deslizamentos de terra, causados por chuvas dignas de dilúvio bíblico, enterram vidas e sonhos. O número de mortos, infelizmente, parece ser apenas um ponto de partida, não uma conclusão.
Enquanto as tragédias se desenrolam, Paris se torna o palco de um épico duelo entre Novak Djokovic e Rafael Nadal. O sérvio, com 24 Grand Slams, e o espanhol, com 22, duelam como titãs mitológicos, fazendo a Terra tremer a cada saque. No entanto, a alegria do esporte é um lenitivo temporário, especialmente para os brasileiros que viram Rafaela Silva ser desclassificada e outros atletas como Daniel Cagnin e Kelvin Hoefler ficarem aquém das expectativas.
Beatriz Haddad Maia, em um movimento digno de tragédia grega, desperdiça suas chances e diz adeus à chave de simples das Olimpíadas. Mas ainda resta uma fagulha de esperança nas duplas, onde tenta reconquistar a glória perdida.
E, para aqueles que acreditam na sorte, a Mega-Sena acena com um prêmio de R$ 100 milhões. Num país onde sonhos são frequentemente esmagados pela realidade, a promessa de riqueza instantânea é um sopro de ilusão necessário. Apostas podem ser feitas até as 19h – ou até o último suspiro de esperança.
Assim, a vida segue seu curso, numa dança constante entre a esperança e a desilusão, onde cada notícia é uma nota desafinada na sinfonia caótica do nosso cotidiano.
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE