No teatro da vida, onde os personagens mudam, mas os enredos são sempre os mesmos, o palco de Sergipe se agitou mais uma vez. Entre transferências temporárias e transferências definitivas, os atores da justiça eleitoral dançam conforme a música, ou melhor, conforme o mapa eleitoral. É quase como uma quadrilha de São João fora de época: “Olha a transferência! É mentira! Olha a votação! É verdade!”

Enquanto isso, o prefeito de Aquidabã recebe um convite temporário para se retirar do palco. Não era bem o convite que ele esperava, mas a plateia aplaude o intervalo de 90 dias. Afinal, organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros delitos são crimes que se aproximam mais de um roteiro de série policial do que de uma administração pública. O que ele não esperava é que seu papel seria cortado antes do fim da temporada.

Mas, se tem algo que não para de crescer nesse enredo, é a população de Sergipe. O IBGE anunciou que somos mais 3,69% de personagens nesse cenário nordestino. O povo cresce, a cidade se expande, e o drama se intensifica. Mais figurantes para o drama da falta de recursos, para as filas nos hospitais, e para as cenas do cotidiano que, a cada dia, ficam mais congestionadas. Mas, quem sabe, entre esses novos rostos não surge o protagonista que irá reescrever essa história?

Falando em dramas, a ex-senadora Maria do Carmo Alves luta contra o vilão mais temido: o câncer em metástase. Aos 83 anos, sua batalha é digna de um filme épico. Cada momento é uma cena de resistência e esperança, mas o desfecho, infelizmente, parece cada vez mais próximo. Nesse roteiro, todos torcemos por um final menos doloroso.

Em outro cenário, mas com uma dor igualmente intensa, um cão, vítima de maus-tratos, foi resgatado de um apartamento. Fezes e urina pelo chão são a assinatura de um vilão sem coração. Mas, felizmente, a justiça chegou para esse pequeno herói de quatro patas. Pode ser apenas uma gota de alívio no oceano de sofrimento animal, mas é uma gota que faz a diferença.

E falando em gotas, parece que até o Saara está cansado de seu papel seco e árido. O deserto mais famoso do mundo, acostumado a figurar como pano de fundo para aventuras e travessias perigosas, pode ter que tirar o guarda-chuva do armário. Sim, chuva no Saara! A previsão é de um volume tão grande que, quem sabe, ele até decida se candidatar ao posto de novo destino turístico tropical.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, um avião no Japão decide que não é hora de pousar durante a passagem de um tufão. Com ventos de mais de 150 km/h, o que era para ser um pouso normal se transforma em uma dança no ar. E assim, entre um passo e outro, a aeronave decide que é melhor ensaiar mais um pouco antes de tocar o solo.

Em terras tupiniquins, a rede social X se prepara para um embate com Alexandre de Moraes. “Desafiar ou não desafiar, eis a questão”. Parece que a resposta já está dada, e o bloqueio no Brasil é apenas uma questão de tempo. A X quer protagonizar um drama, mas pode acabar como vilã de sua própria história.

E no mundo dos lanches, em Maringá, um comerciante decidiu que maionese não precisa ser só amarela. Agora, ela é azul, verde, rosa, e quem sabe, até arco-íris! O homem virou uma espécie de Willy Wonka dos hambúrgueres, driblando a crise com criatividade e cores. Quem diria que a chave para o sucesso fosse um pote de maionese colorida?

Assim, entre transferências eleitorais, chuvas no deserto, e maioneses arco-íris, o espetáculo da vida segue seu curso. O roteiro é cheio de surpresas, mas uma coisa é certa: cada ato é uma nova chance de rir, chorar, e, claro, criticar. Afinal, o show não pode parar.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE