CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 20 de agosto de 2024

"Humor e Ironia na Balança: O Folhetim das Notícias de 20 de Agosto de 2024"

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 20 de agosto de 2024
Publicado em 21/08/2024 às 8:22

No grande teatro da vida sergipana, onde as cortinas são feitas de praias que se dissolvem e ônibus que tentam circular entre as ruínas do tempo, o espetáculo continua. Na cidade de Aracaju, o palco estava armado para mais uma cena clássica: a licitação de empresas de ônibus. A promessa? Uma frota reluzente de 473 ônibus. A realidade? Bem, é como um mágico prometendo tirar um coelho da cartola e, no lugar disso, surge um pombo cansado, mancando no palco. A mobilidade urbana virou o grande truque de mágica, só que, desta vez, não há aplausos, apenas suspiros de cansaço.

Enquanto isso, na Praia do Saco, o mar, cansado de ser apenas um figurante, decidiu ser o protagonista. Ele avança, destemido, destruindo o cenário montado por humanos otimistas que insistem em construir castelos de areia… e de concreto. A Defesa Civil, com sua capa de herói cansado, chega para salvar o que restou da narrativa. É quase como um bombeiro tentando apagar um incêndio com um balde furado. O avanço do mar parece ter entendido o script do aquecimento global melhor que qualquer humano.

E, em outra cena, os colombianos, que mais parecem vilões de uma telenovela barata, foram pegos no flagra em um esquema de agiotagem. Parece que Sergipe virou um set de filme de ação, onde até os vilões são importados. A Polícia Civil, fazendo seu papel de mocinha da história, prendeu os dois, mas não sem antes nos deixar pensando: quem será o próximo a entrar em cena?

Do outro lado do estado, a Adema estava no seu próprio reality show: “Os Piores Aterros Sanitários de Sergipe”. Todos os concorrentes saíram derrotados, com irregularidades em cada esquina de suas operações. A missão de eliminar os lixões do estado foi concluída, mas a sensação é de que estamos varrendo a sujeira para debaixo do tapete ecológico, esperando que ninguém olhe muito de perto.

Enquanto isso, no cenário político, o STF fez seu número de acrobacias com as chamadas “Emendas PIX”. Essas emendas são como truques de mágica financeira, onde o dinheiro aparece e desaparece com a mesma rapidez. Agora, com novas regras de transparência, teremos uma oportunidade rara de ver o mágico revelando alguns de seus truques… ou pelo menos assim esperamos.

E no palco internacional, o Talibã decidiu que o espetáculo da ONU não era bem-vindo em suas terras. Richard Bennett, relator especial, foi barrado de entrar no Afeganistão, como um espectador indesejado em uma peça de teatro sem roteiro. Enquanto isso, Obama, sempre o diretor carismático, renovou seu antigo slogan “Sim, ela pode” em apoio a Kamala Harris, tentando reacender a chama da esperança em um público que, muitas vezes, já parece ter perdido o interesse.

No lado financeiro do palco, o Ibovespa subiu aos céus, como um balão colorido de festa. Mas enquanto o índice subia, o dólar, em um ato de rebeldia, avançava como um vilão secundário, cutucando nossa economia com seu bastão.

E, para terminar a cena do dia, os sorteios da Copa do Brasil revelaram os confrontos como um sorteio de bilhetes para um circo em chamas. Vasco x Athletico-PR, São Paulo x Atlético-MG, Bahia x Flamengo e Juventude x Corinthians. Os times, como gladiadores modernos, se preparam para a batalha final, enquanto os espectadores, com suas pipocas e bandeiras, aguardam mais uma rodada de drama e euforia.

Ah, o espetáculo da vida continua, com seus altos e baixos, suas tragédias e comédias, e nós, espectadores atentos, continuamos aplaudindo, rindo e, às vezes, lamentando, enquanto as cortinas do amanhã se preparam para subir mais uma vez.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE