CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de setembro de 2024 e as primeiras notícias do dia 18 de setembro de 2024

Notícias : juízes se aposentam com galardões, economias capotam e recuperam, líderes mundiais trocam palavras ao vento, e a paz é sempre o prêmio mais difícil de alcançar.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de setembro de 2024 e as primeiras notícias do dia 18 de setembro de 2024
Publicado em 18/09/2024 às 11:49

As notícias do dia 17 de setembro de 2024 e as primeiras notícias do dia 18 de setembro de 2024

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Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


Em um cenário onde o sol hesita em brilhar com toda sua força, temos a crônica de um Brasil que, como um automóvel desgastado, capota e tenta desviar de buracos profundos, com consequências que nem sempre resultam apenas em uma simples batida. O desembargador Luiz Mendonça, personagem de uma dessas estradas sinuosas, teve sua “caneta azul” substituída por um bilhete dourado da aposentadoria compulsória. Ah, a justiça… tão ágil como o rio que corre para trás, onde o tempo de serviço é proporcional, mas a culpa nunca é.

O velho Mendonça, que já carregava 74 primaveras no currículo, viu o martelo da justiça bater com a leveza de uma pena. “Caneta Azul” foi a trilha sonora de sua queda, uma queda tão suave quanto uma aposentadoria regada a vencimentos que muitos trabalhadores não veem nem em seus melhores sonhos. Enquanto isso, o motorista na Zona Sul de Aracaju capota ao tentar desviar de um carro… e aqui me pergunto: quem, de fato, consegue desviar do que está vindo de frente?

E falando em desviar, o Banco Central se prepara para desviar as expectativas de inflação para longe. A taxa de juros, como aquele amigo inconveniente que nunca baixa o tom, vai subir para 10,75%. É o Copom ajustando o termostato do mercado, enquanto o povo se congela. Subir os juros é como colocar um cobertor curto em uma noite fria: cobre a cabeça, mas os pés continuam gelados. O dólar, por outro lado, caiu. Será que também tropeçou em alguma curva do destino? Fechou abaixo de R$ 5,50, como quem sabe que a “Superquarta” está logo ali, pronta para ditar os rumos do que, convenhamos, já não controlamos.

Em meio a essa orquestra de desacertos, Lula e Putin trocam afagos telefônicos. Ah, o telefone, esse instrumento tão banal quanto poderoso, que uniu continentes e conversou sobre incêndios florestais e a guerra na Ucrânia. Putin, com sua “solidariedade”, ofereceu um abraço distante ao Brasil em chamas, enquanto as florestas gritavam por ajuda e a paz no leste europeu continua a ser apenas uma ideia, como aquelas promessas de ano novo que nunca se cumprem.

No Rio de Janeiro, ministros do G20 também falam de paz, mas a paz entre Brasil e Israel parece se perder em algum desvio diplomático. Entre apertos de mão e olhares desconfiados, o futuro global se decide em mesas com mais pratos do que soluções. Enquanto isso, lá no Líbano, explosivos em pagers do Hezbollah são como fantasmas invisíveis que passeiam pelas comunicações, deixando Israel desorientado, perdido no que poderia ser uma mina de informações.

E se as negociações de paz não estão em alta no Brasil ou no mundo, a Colômbia nos lembra disso de forma trágica. Um ataque com explosivos deixou dois soldados mortos e 25 feridos. O ELN, como uma sombra persistente, reaparece na tentativa de lembrar ao mundo que nem todos estão dispostos a colocar as armas no chão. É como se a paz fosse aquele trem que sempre chega atrasado, enquanto os conflitos correm adiante.

Assim, seguimos. Em um mundo onde juízes se aposentam com galardões, economias capotam e recuperam, líderes mundiais trocam palavras ao vento, e a paz é sempre o prêmio mais difícil de alcançar. Aqui estamos, tentando desviar dos acidentes, enquanto a estrada se desenrola em infinitas curvas. Que Deus segure o volante, porque nós, humanos, claramente estamos perdidos.


E assim, entre ironias e metáforas, a vida continua a girar, como uma roda que nunca para, mas que também nunca chega ao seu destino final.