CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de outubro de 2024
As manchetes do 17º dia de outubro de 2024.
As notícias do dia 17 de outubro de 2024
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE
Na beirada do tabuleiro, enquanto o sol de outubro tenta iluminar as ruas tortuosas da política, Aracaju se prepara para um novo capítulo. Emília Corrêa e Luiz Roberto, peças movidas num jogo de xadrez eleitoral, com suas porcentagens oscilantes, dançam ao som das vozes do povo. Emília, com seus 52%, parece ter o vento a favor, enquanto Luiz Roberto, nos seus 32%, ainda busca o milagre do xeque-mate. E nessa dança, o eleitorado vira rainha ou peão, dependendo do lado em que estiver a sombra ou a luz do debate. O que dirá o tabuleiro no segundo turno?
Enquanto isso, a Orla da Atalaia já ouve o chamado das guitarras e das multidões sedentas pelo Pré-Caju. Hoteleiros esfregam as mãos, os quartos começam a lotar, e o cheiro de festa paira no ar como promessa de um carnaval fora de época. A cidade, feita de praia e ritmo, sabe bem como preparar o palco para os foliões, como se fosse o grande ato antes de uma ópera, onde cada nota é uma explosão de alegria, e cada passo, um salto em direção ao caos organizado da festa.
Por outro lado, para aqueles que sonham em ter seu teto próprio, a realidade bate mais forte do que qualquer trio elétrico. A Caixa Econômica vem com sua nova regra de financiamento, exigindo um pedágio mais caro para quem busca um lar. Quem dera o sonho de ter uma casa fosse como o Pré-Caju, onde se dança sem pensar no amanhã. Agora, é preciso mais do que ritmo para garantir a chave de um futuro mais sólido. Será que os brasileiros terão fôlego para correr atrás do sonho da casa própria com a entrada mais salgada?
Do outro lado do mundo, a China respira aliviada. Com seu PIB crescendo 4,6%, parece que o gigante asiático, após um longo cochilo, começa a espreguiçar-se novamente. Mas esse crescimento é como o bambu: flexível, sim, mas será forte o suficiente para suportar as pressões externas? O governo chinês planta suas sementes de estímulo econômico, torcendo para que a colheita seja farta. E o mundo observa, ansioso, para ver se a promessa de um novo ciclo de prosperidade será cumprida ou se é apenas mais uma tempestade passageira.
Aqui, no Brasil, entre o cartão do Bolsa Família e as apostas online, parece que o governo está tentando fechar as portas para os maus jogadores. O ministro Wellington Dias levanta a bandeira da moralidade, barrando o uso do benefício social para os “bets”. Talvez seja uma tentativa de resgatar o jogo perdido da dignidade, onde o dinheiro do pão não pode virar ficha de cassino. Mas será que, no fundo, o problema não está mais no sistema do que nas mãos de quem joga?
Nas entrelinhas da guerra, as notícias de Israel explodem como bombas no imaginário coletivo. Yahya Sinwar, líder do Hamas e mentor do terror, é abatido, e o mundo se pergunta: o que será do próximo capítulo dessa guerra sem fim? A morte de um líder não significa o fim de uma ideia, e no xadrez da política internacional, às vezes, uma peça removida só abre espaço para outras tantas. A paz, sempre distante, parece mais uma miragem em meio ao deserto de Gaza. Quem sabe um dia esse tabuleiro de sangue e areia encontrará seu fim, mas, por enquanto, a incerteza reina.
E se no Oriente Médio o conflito é uma constante, na Rússia de Putin, a batalha é outra. O parlamento russo quer proibir a “propaganda antifilhos”, como se o útero das mulheres fosse mais uma trincheira a ser conquistada. Putin pede, exige, que cada mulher tenha ao menos três filhos, como se a força de uma nação se medisse pelo número de berços. O futuro, na visão do governo, parece estar nas fraldas e nas mamadeiras, mas será que essa fórmula de multiplicação resolve os problemas de um país? Talvez estejam tentando esconder, com novas vidas, os fantasmas de um passado que ainda assombra as vielas do Kremlin.
E assim, foi o Dia do 17 de outubro, vemos que o mundo continua a ser uma sala de aula caótica, onde as lições da vida são dadas à força, sem lousa ou giz. A cada manchete, um novo conteúdo, a cada notícia, uma prova sem correção imediata. Saudações do amigo Antonio Glauber e até a próxima crônica.