CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 16 de setembro de 2024 e as primeiras notícias do dia 17 de setembro de 2024

Notícias vestidas de despedidas, eleições, repressões e catástrofes naturais.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 16 de setembro de 2024 e as primeiras notícias do dia 17 de setembro de 2024
Publicado em 17/09/2024 às 10:40

Manchetes do dia 16 de setembro de 2024 e as primeiras notícias do dia 17 de setembro de 2024

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Por Antônio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

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O dia amanheceu em Japaratuba com um adeus que ecoa em silêncio nas ruas de paralelepípedo e asfaltadas O Senhor José Athaide de Campos, o popular Zé do Gato, se despediu deste plano e, junto a ele, parece que parte um pedaço de memória viva, daqueles que fazem parte da história não escrita, mas sentida. Ele era amigo do meu saudoso pai, e hoje a cidade inteira veste o luto de quem perde mais que um cidadão, mas uma tradição de conversas , sorrisos lentos e histórias. Zé do Gato vai, mas deixa sua marca impressa em cada esquina, como o vento que sopra as folhas caídas das árvores. Meus sentimentos para todos os familiares.

Enquanto aqui em Japaratuba lembramos desse ilustre personagem , lá em Aracaju, a política segue seu curso com a precisão de uma pesquisa Quaest. Os números dançam como marionetes, e a candidata Emília parece ensaiar seus passos rumo ao topo, com 36% das intenções de voto. Yandra e Luiz Roberto, como quem corre para pegar o último assento no ônibus lotado, ficam ali, disputando o segundo lugar, empatados na técnica e na vontade. Política é como uma peça de teatro onde o roteiro muda ao sabor da plateia, mas o final? Ah, esse, a gente só conhece depois de muito suspense.

E por falar em suspense, a Polícia Civil resolveu entrar em cena com uma operação digna de filme policial, desvendando um esquema criminoso envolvendo contratos de veículos em Sergipe. Peculato, fraudes e associação criminosa são os vilões da vez. Parece que a corrupção anda de carro novo enquanto o povo aperta o cinto em carros velhos.

No litoral de Aracaju, a maré alta recebe seu aviso de chegada, e a Defesa Civil alerta: preparem-se, entre os dias 17 e 20 de setembro, o mar vai querer ocupar o que é seu por direito. O oceano, que já é dono de uma força incontrolável, agora promete aumentar sua presença, como se dissesse: “Aqui mando eu”. A água sobe, e nós, mortais, só podemos olhar de longe e torcer para que a terra resista ao avanço líquido.

E em outubro, as apostas esportivas, que têm crescido mais que mato em quintal de casa abandonada, vão precisar de licença para continuar funcionando. Ah, mas é claro, um pequeno detalhe: R$ 30 milhões. Se quiser brincar, tem que pagar o ingresso caro. No mercado dos sonhos, a realidade bate à porta, e a Fazenda avisa: quem não estiver em conformidade, ficará de fora do jogo.

Enquanto isso, o país se prepara para eleger seus líderes, mas algo curioso acontece: o número de candidatos nas eleições de 2024 é o menor desde 2012. Será que a maré de incertezas que assola o Brasil também varreu os aspirantes a cargo público? Talvez. Ou quem sabe o filtro da elegibilidade esteja mais rigoroso, impedindo que aventureiros assumam o leme do barco que já anda meio desgovernado.

No campo das grandes corporações, a Zamp, dona do Burger King, decidiu assumir a Subway no Brasil, como quem se ajeita em uma nova poltrona após uma longa viagem. Uma mudança de trono entre sanduíches que vai impactar as mesas de fast food de todo o país. Se o sabor vai mudar? Só o tempo e os clientes poderão dizer.

No Planalto, o presidente Lula decide nesta semana se ressuscita o polêmico horário de verão, uma decisão que promete dividir o país entre os que amam ganhar uma hora de sol e os que preferem dormir mais. O calor crescente e a seca recorde apertam o botão de emergência do governo, que tenta encontrar um jeito de reduzir o consumo de energia. Enquanto isso, os reservatórios esvaziam-se lentamente, como copos d’água abandonados ao sol.

Fora do Brasil, a Venezuela de Maduro intensifica sua repressão, como se o poder fosse um cinto cada vez mais apertado em um corpo que já mal respira. A ONU alerta para o que todos já sabem, mas poucos ousam confrontar: o país segue mergulhado em sombras de um regime opressor. Já a Rússia de Putin aumenta seu exército, como quem se prepara para um novo capítulo da Guerra Fria. O mundo balança entre enchentes, secas, tensões e repressões.

Enchentes? Sim, na Europa Central, a água também decidiu tomar de volta o que é seu, em uma das maiores inundações dos últimos 30 anos. Lá, a chuva e os ventos não têm dó nem piedade, enquanto os moradores tentam salvar o que resta de suas vidas.

E assim, o mundo gira em torno de despedidas, eleições, repressões e catástrofes naturais, como uma roleta que não para de rodar. E nós, meros espectadores, nos perguntamos até quando o tabuleiro continuará o mesmo, enquanto as peças, essas sim, parecem estar sempre em movimento.