Crônica

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 14 de junho de 2024 : Entre Facas e Quadrilhas, o Mundo Gira

Na crônica "Entre Facas e Quadrilhas, o Mundo Gira", Antonio Glauber narra os eventos do dia 14 de junho de 2024 com uma mistura de tragédia e celebração. Em Sergipe, um estudante é esfaqueado por um colega e uma mulher envenena seu amigo por causa de uma dívida. Apesar dessas desgraças, a final do concurso de quadrilhas juninas Levanta Poeira 2024 traz um momento de alegria e distração. Glauber também comenta sobre a greve dos professores das universidades federais, a nova tarifa social nacional de água e esgoto, e a turnê diplomática do presidente Lula na Itália. Ele ainda menciona um incidente nos Estados Unidos, onde pessoas ficaram presas de ponta-cabeça em um brinquedo de parque de diversões, e a tensão geopolítica entre Rússia e EUA envolvendo submarinos nucleares. Em Honduras, o governo planeja construir uma megaprisão para deter gangues. Glauber conclui que a vida é um baile constante, cheio de surpresas e desafios, onde devemos dançar conforme o ritmo imposto pelos acontecimentos.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 14 de junho de 2024 : Entre Facas e Quadrilhas, o Mundo Gira
Publicado em 15/06/2024 às 11:00

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 14 de junho de 2024.

Crônica do dia 14 de junho de 2024: Entre Facas e Quadrilhas, o Mundo Gira

Ah, Sergipe, doce Sergipe, onde as ruas do Bairro Santos Dumont foram palco de uma tragédia digna das tragédias gregas. Um estudante, no auge da sua juventude, foi esfaqueado por um colega. Parece roteiro de filme de terror, mas é a realidade nua e crua. Enquanto isso, a mesma terra testemunhou uma amizade que terminou com o sabor amargo de veneno. Sim, veneno! Uma mulher, motivada por uma dívida de R$ 60 mil, resolveu transformar seu amigo em uma vítima fatal. A vida, meus caros, imita a arte mais do que gostaríamos.

Mas nem só de desgraça vive o homem. No interior de Sergipe, no modesto Ginásio SESI de Nossa Senhora do Socorro, a poeira vai levantar com as quadrilhas juninas. Após cinco dias de intensa disputa, as quadrilhas Unidos em Asa Branca, Século XX, Meu Sertão e Pioneiros da Roça se preparam para a grande final do Levanta Poeira 2024. É uma dança frenética, uma explosão de cores e movimentos que, por alguns instantes, faz esquecer as facas e os venenos. A vida continua, afinal, e o forró é o remédio para tantas agruras.

Enquanto isso, nas torres de marfim das universidades federais, a greve dos professores continua. O ministro Camilo Santana faz apelos, oferece propostas, mas os docentes resistem como se estivessem protagonizando um épico de resistência. As salas de aula vazias são o reflexo de um impasse que parece não ter fim. Quem sabe, um dia, a dança das quadrilhas inspire um acordo dançante entre governo e professores.

E, por falar em danças, o governo finalmente divulgou as regras da tarifa social nacional de água e esgoto. Um alívio que deve começar a valer em dezembro. É quase como uma valsa lenta para a população que, entre uma e outra conta, tenta equilibrar-se no fio da navalha da economia doméstica.

Do outro lado do Atlântico, nosso presidente Lula encerra sua turnê na Itália, onde se encontrou com líderes mundiais e até com o Papa. Lula está por toda parte, como um dançarino incansável, tecendo alianças e buscando apoios. A diplomacia é uma quadrilha de bastidores, onde cada passo precisa ser cuidadosamente calculado.

Nos Estados Unidos, um parque de diversões virou um pesadelo para algumas pessoas que ficaram presas de ponta-cabeça em um brinquedo. O drama foi resolvido pelos bombeiros, que baixaram o veículo manualmente. É como se a montanha-russa da vida tivesse decidido brincar com seus passageiros, mostrando que, às vezes, a vida também nos deixa de cabeça para baixo.

E não podemos esquecer do cenário geopolítico, onde a Rússia e os EUA brincam de “chumbo trocado” com seus submarinos nucleares. É um jogo perigoso, onde cada movimento pode ter consequências desastrosas. Mas, como diria um velho sábio, “quem tem submarinos, tem medo”.

Enquanto isso, em Honduras, o governo anuncia a construção de uma megaprisão para 20 mil detentos e propõe tratar gangues como terroristas. Parece que a dança da violência e do crime está longe de acabar, e as prisões se tornam a pista de dança para essa triste coreografia.

Assim, o mundo continua girando, entre facas, venenos, quadrilhas e negociações. A vida é um eterno baile, onde nem sempre escolhemos a música, mas precisamos dançar conforme o ritmo. E que venha o próximo passo!

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira