CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 12 de setembro de 2024
"Brasil em Chamas: Crônicas da Floresta, da Justiça e da Sorte"
As notícias do dia 12 de setembro de 2024
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Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE
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O Brasil, país tropical, com muito sol e calor, mas ultimamente as queimadas são tão intensas que até a alma da floresta sente o bafo quente de agosto, estendendo seus tentáculos de fogo. Quem diria que a Amazônia, o pulmão verde do planeta, estaria agora com asma, sufocada pelas chamas e pelo descaso? Agosto não trouxe apenas incêndios, mas um aumento de 132% no volume de floresta perdida, e a gente aqui, esperando a chuva da consciência alheia que parece nunca chegar.
Enquanto isso, em Sergipe, o tempo também esquenta nos bastidores das eleições. O Ministério Público do Trabalho já registra denúncias de assédio eleitoral, como se a escolha do voto fosse negociada como mercadoria. Parece que, em algumas empresas, democracia virou objeto de leilão e quem paga mais, leva. Que ironia, não? Voto, algo tão pessoal e íntimo, agora sendo moldado no ambiente de trabalho, como se estivéssemos todos dentro de uma oficina onde os donos, por sinal, até desviam energia para manter seus próprios interesses. Literalmente, uma gambiarra política e energética.
Falando em gambiarras, em Aracaju, um muro de uma construção irregular resolveu desabar, lembrando à cidade que o improviso pode ser caro. Feridos, entre eles crianças, são as vítimas de um projeto que nem devia existir. Quem precisa de engenheiro, não é mesmo? O alicerce da responsabilidade parece ter sido feito de areia frouxa, levando famílias a pagarem pela irresponsabilidade alheia.
Mas os absurdos não param por aí. Vamos para a ponte interditada que liga Tobias Barreto à Bahia. Uma metáfora perfeita do nosso cenário político: uma conexão quebrada, precisando de reparos, mas que levará meses para ser consertada. E enquanto isso, as pessoas ficam isoladas, esperando, como sempre, que alguém venha resolver o problema.
E se falarmos de justiça, o STF decidiu que os condenados pelo Tribunal do Júri devem começar a cumprir pena imediatamente. Finalmente, um martelo que não ecoa no vazio! A lei, que tantas vezes parece um castelo de areia na beira do mar, mostra-se firme. Mas será que isso se aplicará a todos ou teremos, como sempre, aqueles que conseguem escapar pelas brechas, enquanto a ponte da impunidade continua firme?
Ah, e o presidente Lula, esse continua sua luta contra o marco temporal, que mais parece uma linha traçada com régua torta em uma terra já revirada. Segundo ele, o Congresso decidiu que os povos indígenas têm menos direito à terra do que os latifundiários. O agronegócio avança, como um trator sem freios, deixando para trás raízes culturais que deveriam ser nosso orgulho.
Enquanto o país queima, tanto literal quanto metaforicamente, lá na Argentina, os médicos acusados pela morte de Maradona só vão ser julgados em 2025. Justiça demorada é justiça negada, já dizia o ditado, e Maradona, que em vida driblava defesas inteiras, agora, na morte, continua sendo driblado pela morosidade dos tribunais. O julgamento, assim como a memória de muitos ídolos, vai sendo empurrado para um futuro incerto.
E no cenário internacional, os bastidores da política americana são dignos de roteiro de filme de espionagem: o FBI investigando hackers e conspirações envolvendo Trump e o Irã. Nada como um bom escândalo para apimentar a já fervilhante corrida eleitoral nos Estados Unidos. E quem diria? Kamala Harris, a democrata que, com um sorriso sereno, lidera as pesquisas. Parece que Trump, que já foi o gigante indestrutível, agora enfrenta a dura realidade de que o vento pode mudar a qualquer momento.
E como todo bom brasileiro, ficamos de olho na Mega-Sena. Acumulada! Quem sabe, com esses R$ 55 milhões, não damos um jeito de consertar alguma coisa por aqui, ou pelo menos, compramos um pouco de esperança. Afinal, nessa loteria chamada Brasil, cada dia é um sorteio, e a gente segue jogando, torcendo para um futuro melhor, mesmo que o prêmio esteja cada vez mais distante.