Crônica

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 07 de junho de 2024.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 07 de junho de 2024.
Publicado em 08/06/2024 às 8:51

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 07 de junho de 2024.

Em um país onde o surreal é corriqueiro, o dia 7 de junho de 2024 acordou com uma paleta de notícias dignas de um quadro de Dalí. A polícia civil, com a precisão de uma faxineira em dia de visita, cumpriu mandado de busca e apreensão por desvio de mobiliário escolar destinado à Seduc. O desfecho foi digno de uma novela: uma denúncia anônima revelou o paradeiro dos móveis, que pareciam ter sido sugados para um buraco negro. Imaginemos os responsáveis, arquitetando planos rocambolescos para esconder cadeiras e mesas como se fossem ouro em barra.

Enquanto isso, em Japarutuba, o estanciano Antônio Neto erguia a taça do XXVI Festival de Poesia Falada Poeta Garcia Rosa. Com versos lapidados com a destreza de um ourives, ele transformou palavras em joias. Entre estrofes e aplausos, sua vitória brilhou mais que qualquer estrela cadente.

Na BR-101, a PRF deteve dois homens com granadas, drogas e armas. Em um enredo que faria qualquer roteirista de filme de ação corar de inveja, o material seguia do Rio de Janeiro para Recife. No entanto, ao invés de explosões cinematográficas, o que se viu foi o baque seco da lei sobre os ombros dos infratores.

Aracaju, por sua vez, foi palco de uma história digna de filme de terror. Uma jovem estudante, em meio à folia, relatou ter sido perfurada por uma seringa. A busca por respostas e o protocolo médico instaurado desenham uma sombra sobre a festa, transformando alegria em apreensão.

No jogo da vida, nem sempre o azar é mera consequência. Uma cozinheira autônoma perdeu R$ 80 mil em dois meses com cassinos online. A princípio, a diversão parecia inocente, mas o ‘jogo do foguete’ revelou-se um buraco sem fundo. Os sonhos e economias, tragados por uma chama ardente de incertezas e promessas vãs.

Em São Paulo, Ricardo Falco, amigo do ex-jogador Robinho, entregou-se à PF. Condenado por estupro na Itália, Falco viu o cerco se fechar, provando que, às vezes, a justiça pode até tardar, mas não falha.

Em meio a tristezas, a notícia da morte de Pampa, campeão olímpico de vôlei, aos 59 anos, trouxe um luto coletivo. Medalhista de ouro em 1992, Pampa deixou um legado que ecoará nas quadras e corações brasileiros. Sua batalha contra o Linfoma de Hodgkin findou-se, mas sua memória permanecerá imortal.

Em Gaza, o Exército Israelense resgatou quatro reféns, incluindo Noa Argamani. A jovem, antes capturada em um festival de música, agora retorna ao seio familiar, trazendo um fio de esperança em um cenário de dor e medo.

Nos EUA, Pranay Vaddi afirmou que o país pode aumentar seu arsenal nuclear, numa tentativa de pressionar Rússia e China. É um jogo de xadrez onde as peças são ogivas nucleares e as consequências, apocalípticas.

Para encerrar com a ironia de um humorista britânico, a primeira-ministra da Dinamarca foi atacada em Copenhague. A cena digna de pastelão terminou com a líder deixando o local aparentemente ilesa, provando que, até em momentos de crise, a compostura é uma arte.

E assim, o dia 7 de junho de 2024 desenhou-se em Sergipe, no Brasil e no mundo e além, uma colcha de retalhos onde a realidade supera a ficção, e o ordinário se transforma em extraordinário sob a lente de um cronista.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira

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