CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 04 de outubro de 2024
Desfile de notícias do dia 04 de outubro de 2024Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe determinou a aplicação da Lei Seca, pesquisa Quaest em Aracaju, acaba amanhã prazo para baixar e usar título de eleitor digital no 1º turno, Israel mantém bombardeio no Líbano .
As Manchetes do dia 04 de outubro de 2024
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Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE
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Em tempos de eleição, parece que o Brasil veste a fantasia de uma peça cômica, onde todos os personagens já sabem o enredo, mas insistem em se surpreender com o final. Sergipe, pequeno palco dessa grande trama, decidiu que é melhor evitar ressacas eleitorais decretando a Lei Seca em 42 municípios. Afinal, não há nada como uma urna sóbria, enquanto os eleitores tentam, com ou sem álcool, lembrar qual foi a última promessa que lhes fez sonhar.
A ironia dança no salão das urnas, onde sorteios decidem quais serão auditadas, como se a sorte pudesse medir a integridade de um processo que já passou por tantos ensaios. Quatro mil agentes de segurança, qual um exército de diretores de cena, se preparam para garantir que o espetáculo não vire tragédia. Emília, Luiz Roberto e Yandra ensaiam seus melhores passos na disputa para prefeitura de Aracaju, enquanto o público decide, de camarote, quem será o protagonista dessa peça que se repete a cada quatro anos.
Enquanto isso, o e-Título, esse personagem digital, corre contra o tempo. “Baixem-me, ou percam-me para sempre!” – exclama ele, com o desespero de quem sabe que, depois da meia-noite eleitoral, a carruagem da tecnologia vira abóbora. Mas, como todo brasileiro, sempre damos um jeito: se o e-Título não vem, vale o bom e velho RG ou CNH. Afinal, improvisar é nossa arte mais refinada.
E no reino dos poderosos, Alexandre de Moraes, qual guardião do tesouro, ordena que a Caixa corrija o depósito em conta errada. Porque até nos bastidores das altas esferas, o erro de uma vírgula pode mudar o destino de uma fortuna. No palco global, Mark Zuckerberg desbanca Jeff Bezos e, com o brilho de 206 bilhões de dólares, se torna o segundo homem mais rico do mundo. Enquanto isso, nós, meros espectadores, seguimos na plateia, aplaudindo de longe o espetáculo da riqueza alheia.
Do outro lado do oceano, a trama se adensa. Israel e Hezbollah continuam seus ensaios macabros de bombardeios e infiltrações, como se a guerra fosse um roteiro que nunca se cansa de ser reescrito. E o Brasil, pacato espectador, tenta enviar um avião para Beirute, aguardando ansioso a permissão para pousar, como se implorasse por um intervalo nessa tragédia em que todos parecem aprisionados.
E, enquanto Henrique Meirelles, num tom professoral, sugere que a próxima reforma seja a administrativa, o Brasil de 156 milhões de eleitores se prepara para mais um ato cívico no próximo domingo. Cada voto, um pedaço de papel cheio de sonhos, esperanças e, por que não, um pouco de ceticismo. Afinal, depois de tantas cenas repetidas, fica difícil acreditar que o final será diferente.
O espetáculo da vida segue, com seus atos de humor, tragédia, ironia e reflexão. E nós, plateia de um Brasil que insiste em continuar o espetáculo, nos perguntamos: será que desta vez o final vai nos surpreender? Ou será apenas mais um bis dessa ópera bufa que é a política nacional?
Fim do ato. As cortinas fecham. Mas o show nunca para.