Crônica
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 03 de junho de 2024.
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 03 de junho de 2024.No vasto palco da vida, onde a trama é escrita pelas manchetes do dia, cada notícia desenrola-se como um ato cheio de ironia, emoção e pitadas generosas de humor. Em Sergipe, o sol da democracia brilha mais forte do que nunca, iluminando os rostos jovens e esperançosos de 50.842 novos eleitores. Esses jovens, frescos como a brisa matinal, prontos para beber da fonte da cidadania, preparam-se para escrever suas histórias nas urnas. Cada um deles, com a idade de sonhar, é uma nova voz no coral da democracia, uma sinfonia de esperança.Enquanto isso, em Aracaju, Adriano Taxista senta-se no banco do poder, não o do carro, mas da Câmara de Vereadores. O destino, que sempre foi seu passageiro, agora o leva às rédeas do destino coletivo. Entre uma corrida e outra, Adriano agora dirige as políticas, com a sabedoria das ruas e a humildade de quem conhece cada buraco da cidade. Ele assume o volante da cidade com um sorriso no rosto e um “boa viagem” para todos os cidadãos.Do outro lado da trincheira, os professores da UFS e do IFS empunham suas bandeiras de luta, em uma greve que ecoa pelos corredores das instituições de ensino. É uma marcha em busca de reconhecimento, um grito contra a indiferença, enquanto seus livros e quadros-negros esperam pacientemente a volta de suas vozes.No cenário nacional, Cármen Lúcia, como uma guerreira da verdade, toma posse no TSE, brandindo suas palavras contra o vírus da mentira. Em um discurso que reverbera como um trovão em meio à tempestade da desinformação, ela promete um futuro onde as eleições serão tão livres quanto os ventos. E na plateia, Lula, com seu sorriso enigmático, observa, como um antigo general que confia na bravura de seus soldados.E enquanto os céus de Porto Alegre se limpam lentamente das inundações, as poças e a sujeira no Aeroporto Salgado Filho permanecem como lembranças amargas. Fechado há um mês, o terminal parece um gigante adormecido, à espera de um Natal milagroso que trará de volta o movimento e o burburinho da vida.Em uma irônica dança de catástrofes e descasos, a mudança climática revela-se como um fantasma, dobrando a chance das chuvas extremas no Rio Grande do Sul. Como se não bastassem as nuvens carregadas, o El Niño junta-se ao espetáculo, enquanto a infraestrutura frágil cede sob o peso da água, mostrando que não só os céus, mas também a terra tem suas falhas.No Senado, uma batalha silenciosa acontece sobre uma PEC que ameaça privatizar terrenos à beira-mar. Como ondas que se quebram contra as rochas, governistas prometem resistir, protegendo a costa pública das garras privadas.Em meio a esses turbilhões, a educação médica encontra um novo rumo com a decisão unânime do STF. A abertura de novos cursos de medicina deve seguir a lei dos Mais Médicos, garantindo que a vocação e o mérito sejam os guias dessa jornada de conhecimento.No Líbano, longe das tranquilas praias brasileiras, Fatima Boustani desperta de um pesadelo que desfigurou seu rosto e roubou sua paz. Seus filhos, pequenos náufragos da guerra, apresentam melhoras, trazendo um lampejo de esperança em meio ao caos.Nos EUA, Biden, como um capitão diante de um motim iminente, planeja fechar temporariamente a fronteira com o México. É uma medida que balança as políticas migratórias, tentando acalmar um eleitorado inquieto com as ondas de imigrantes.E por fim, no campo das batalhas silenciosas, uma empresa de testes laboratoriais nos EUA é obrigada a pagar R$ 186 milhões por maus-tratos a animais. Quatro mil beagles, pequenos heróis de quatro patas, foram resgatados, lembrando ao mundo que até nas sombras mais densas, a luz da justiça pode brilhar.Assim se desenrola mais um dia no palco do mundo, onde cada notícia é um ato, e cada ato, uma peça de um drama infinito, cheio de ironias, emoções e risos amargos.
Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira