CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 02 de setembro de 2024

"02 de Setembro de 2024: O Espelho Cômico da Realidade em Metáforas e Ironias"

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 02 de setembro de 2024
Publicado em 03/09/2024 às 12:21

“02 de Setembro de 2024: O Teatro da Realidade e Suas Ironias Cotidianas”

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Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


A cidade de Aracaju virou um grande tabuleiro de xadrez, onde os peões — nesse caso, os motoristas — tentam atravessar o tabuleiro sem esbarrar nos cavalos da SMTT. As multas por avanço em sinal vermelho saltaram 208% como se fossem bispos cruzando as diagonais do tabuleiro urbano, deixando um rastro de papelada e desespero. Mas o que são 1.147 multas senão uma sinfonia dissonante, onde os clarinetistas e violinistas, recém-chegados à Orquestra Sinfônica de Sergipe, tentam ajustar as cordas da harmonia enquanto os condutores desafinam nas ruas?

Enquanto isso, nos corredores dos armarinhos, a Semana da Pátria promete ser um festival de ziguezagues. A esperança dos comerciantes em aumentar as vendas é tão tenaz quanto a fé dos reis e rainhas que se movem lentamente, mas com propósito. Quem diria que o PIB do Brasil, esse cavaleiro andante que sobe e desce colinas, cresceria 1,4% no segundo trimestre de 2024? A indústria e os serviços cavalgam ao lado, enquanto a agropecuária, esse velho torreiro, tropeça nos próprios pés. Nas Paralimpíadas o Brasil conquista quatro ouros e mantém quarto lugar no quadro de medalhas das Paralimpíadas o Brasil tem o dia com mais medalhas até o momento em Paris, com um total de onze pódios, e chega a 12 ouros, oito pratas e 18 bronzes, mantendo a quarta posição no quadro geral.

Nas redes sociais, o X foi “xeque-mateado” no Brasil, e o Bluesky, com seus 2 milhões de novos peões, avança pelos quadrantes digitais como se fosse um bispo ávido por conquistar território. Parece que o Threads, da Meta, também entrou na jogada, pronto para enredar seus seguidores num manto de postagens e algoritmos.

Lá em Santa Maria, o último condenado pelo incêndio da Boate Kiss finalmente foi capturado. É como se o rei caísse no tabuleiro, um movimento esperado há anos, mas que ainda assim deixa um gosto amargo de tragédia. Enquanto isso, na Venezuela, María Corina Machado acusa a corte de Maduro de ter perdido a noção do jogo, avançando sobre Edmundo González com um pedido de prisão que ela vê como um xeque sem fundamento.

No Rio de Janeiro, o túnel escavado para fuga em massa de presos foi descoberto, e quinze peões foram transferidos para Bangu 1, o bastião de segurança máxima. É como se estivessem sendo removidos do tabuleiro, isolados na expectativa de que a partida continue sem maiores transtornos.

E lá no Oriente Médio, o Hamas mexe suas peças com ameaças cruas. “Vão voltar dentro de caixões”, dizem, como se a partida fosse um jogo de morte e não de estratégia. O mundo assiste, sem saber qual será o próximo movimento, mas com a certeza de que, nesse tabuleiro, os peões são sempre os primeiros a cair.


Na dança dos eventos, os peões seguem se movendo, um passo por vez, numa tentativa de sobreviver ao caos orquestrado por reis, rainhas, torres e bispos que parecem ter perdido o controle do jogo.