CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 01 de outubro de 2024

Ônibus recarregados via Pix, Polícia Rodoviária Federal de Sergipe em Ação, ,Pesquisa com fósseis revela interação humana com animais há mais de 10 mil ,anos em Sergipe, Avião de Lula pousa no México após problema técnico forçar voltas em torno do aeroporto por mais de 4h, Irã lança ataque de mísseis contra Israel.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 01 de outubro de 2024
Publicado em 02/10/2024 às 0:46

As Manchetes do 1º dia de outubro de 2024

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Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

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Num dia de calor escaldante, Aracaju decidiu acelerar o passo na modernidade, lançando o Pix como um combustível digital para a recarga dos cartões de transporte. A cidade parecia, por um momento, ter descoberto o elixir da mobilidade urbana. Mas, como tudo que é novidade, as engrenagens digitais ainda precisam ser testadas nas mãos daqueles que veem o ônibus como a carruagem da sobrevivência. Resta saber se a simplicidade do Pix descomplicará a vida daqueles que enfrentam o cotidiano com o bolso vazio e o cansaço como fiel escudeiro.

Enquanto isso, nas rodovias de Sergipe, a Polícia Rodoviária Federal virou a caçadora de dragões modernos: caminhoneiros sem nota fiscal, motoristas com CNH suspensa, e a fantasia dos “rebites” para quem acredita que o tempo é apenas uma convenção. O Brasil, terra das soluções improvisadas, sempre encontra uma nova maneira de desafiar o relógio, enquanto a segurança parece ser apenas mais um item esquecido na lista de prioridades.

O Instituto Federal de Sergipe, em seu castelo de saberes, abre as portas para jovens que buscam forjar o futuro. Os cursos técnicos e superiores prometem o ouro do conhecimento, mas a travessia é árdua. Será que o brilho do diploma supera as incertezas de um mercado de trabalho que parece cada vez mais distorcido pelas sombras da tecnologia e do desemprego?

Falando em futuro, uma extraordinária descoberta em Sergipe traz à tona fósseis que revelam a interação entre humanos e animais há mais de 10 mil anos. Sim, somos parte de um ciclo maior, uma dança entre predadores e presas, agora eternizada nas pedras. Talvez, enquanto caçavam o sustento, nossos ancestrais jamais imaginassem que, séculos depois, seus ossos contariam histórias que se misturam com o presente de uma civilização às vezes tão distante de sua própria essência.

E por falar em civilização, a fronteira entre Suíça e Itália está literalmente derretendo. A cartografia dos Alpes, uma pintura esculpida pela natureza, começa a desfazer-se como um sorvete ao sol. Mudanças climáticas transformam as paisagens, e enquanto os turistas tiram selfies em cenários bucólicos, os cientistas alertam: os limites do mundo estão mudando, tanto geograficamente quanto moralmente. Afinal, até quando ignoraremos os sinais gritantes de uma Terra em desequilíbrio?

Já no céu, o avião presidencial brasileiro traçava círculos no ar, como um pássaro perdido, tentando encontrar seu ninho. O presidente Lula e sua comitiva, reféns de uma falha técnica, passaram horas sobrevoando o México, esperando que o combustível acabasse. Ironia do destino: um avião que carrega a esperança de milhões sendo forçado a perder peso antes de pousar em segurança. Talvez o episódio seja uma metáfora para o próprio país, que também precisa gastar alguns de seus excessos para conseguir aterrissar no caminho certo.

Enquanto o Brasil circulava nos ares, Maradona, eterno ícone do futebol, era lembrado por suas filhas, que solicitaram a transferência de seu corpo para um memorial. O craque, que tantas vezes fez o mundo girar com seus dribles, agora tem sua última morada alterada, como se sua lenda precisasse de novos capítulos para continuar viva. O futebol nunca morre, assim como Maradona, cuja presença transcende o tempo.

Por fim, o céu não apenas abrigava aviões, mas também mísseis. Irã e Israel, com seus ataques e retaliações, desenhavam uma triste coreografia de destruição. A guerra, esse velho espectro da humanidade, continua a nos assombrar. Em um mundo onde a tecnologia deveria nos unir, ainda encontramos formas de usar o progresso para nos destruir.

E, assim, entre ônibus recarregados via Pix, fósseis que nos lembram da nossa ancestralidade, fronteiras que derretem e mísseis que cruzam os céus, o mundo segue seu curso, nos lembrando de que, por mais que evoluamos, ainda estamos à mercê de nossas próprias contradições.