CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do 31 de outubro de 2024 – Dia das Bruxas

As notícias do fantasmagórico dia 31 de 0utubro de 2024.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do 31 de outubro de 2024 – Dia das Bruxas
Publicado em 01/11/2024 às 1:10

As notícias do 31 de outubro de 2024 – Dia das Bruxas


Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


Era uma vez, no Dia das Bruxas, em que fantasmas de cifras e monstros de poder sobrevoavam os céus de Sergipe e do mundo. A Assembleia Legislativa, como uma poção mágica, preparou o caldeirão do orçamento de 2025: R$ 19 bilhões! Ah, o cheiro do dinheiro no ar, um aroma que atrai mais do que abóbora doce. Cresceu quase 11% em relação ao ano passado — um crescimento que parece um feitiço de prosperidade, mas para quem? Enquanto isso, lá embaixo, nos becos e ruas, os mortais mortais buscam um sinal de que esse caldo orçamentário realmente lhes cairá no prato.

Em Aracaju, o trânsito foi transformado em um verdadeiro labirinto de sustos. As vias ganham desvios e ajustes como em um jogo de espelhos que desafia até o mais astuto dos motoristas. Ali, no meio das mudanças, uma sensação de encantamento confunde a realidade com o teatro de ilusões. Afinal, quem precisa de uma montanha-russa de Halloween quando o próprio trajeto de casa ao trabalho se torna uma aventura digna de filme de terror?

A sombra de Marielle Franco paira sobre nós, ainda mais forte hoje, com a condenação dos assassinos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Seis anos, seis longos anos de um espectro que assombra a justiça, finalmente dissipado — ou ao menos, assim nos querem fazer crer. A sentença é uma vassoura de aço que varre uma parte da dor, mas será que a justiça fez-se de carne e osso, ou continua uma assombração que vaga nas brechas do sistema?

E eis que surge o novo feitiço do PIX, que a partir de amanhã vem embrulhado em novas regras. Parece até um truque do mago dos negócios financeiros. No ar, uma ilusão: a promessa de mais segurança, enquanto as sombras dos hackers afiam suas garras nas esquinas digitais. Será que o feitiço protege, ou será ele uma máscara que esconde novas armadilhas?

E no grande castelo de Brasília, Lula, o Rei que alguns veneram e outros temem, convoca uma reunião com seus nobres governadores para um “pacto contra o crime organizado.” A PEC da Segurança surge como a poção definitiva, preparada pelo alquimista Lewandowski. Entre palavras e promessas, a essência do combate ao crime evapora como fumaça de caldeirão. Será essa união um antídoto contra as trevas ou apenas mais uma cena de teatro político, onde cada um usa sua máscara favorita?

Não bastasse o caldeirão brasileiro, a Venezuela entra na cena com uma provocação digna de filme de terror. Uma foto com a bandeira do Brasil e a mensagem ameaçadora de que “quem se mete com a Venezuela se dá mal”. O Brasil e a Venezuela dançam a coreografia da discórdia, cada qual com seus demônios internos, enquanto o fantasma do presidente Lula aparece de forma fantasmagórica na sombra da imagem. Um teatro de sombras ou apenas uma noite de bruxas que insiste em prolongar-se?

E lá do outro lado do mundo, a Cisjordânia vê os destroços de um escritório da ONU, ou será que viu? Israel e a ONU trocam feitiços e acusações, cada lado com sua poção de verdades e mentiras. O que antes era um espaço neutro vira um campo de batalha invisível, onde as palavras são lanças afiadas e as imagens são como fumaça: parecem reais, mas se desfazem com um simples toque. Quem está contando a verdade? Talvez, neste Dia das Bruxas, a verdade seja apenas mais uma máscara entre tantas outras.

Assim, nesse 31 de outubro, o Dia das Bruxas ganha novos contornos no Brasil e no mundo. Bruxos de terno, assombrações de gravata, e fantasmas diplomáticos rondam o cenário. Resta ao povo, nós, os pobres mortais, observar e, quem sabe, acender uma vela para iluminar o caminho por entre as sombras. Porque neste mundo de feiticeiros e farsas, só nos resta torcer para que as luzes do próximo amanhecer tragam, ao menos, um pouco de paz em meio a tanta mágica sombria.