Crônica do Professor Antonio Glauber Santana Ferreira sobre as notícias do dia 18 de junho de 2024.

Na Orla de Aracaju, o lago tornou-se um espelho trágico onde a madrugada refletiu o último suspiro de um jovem. Os bombeiros, nossos cavaleiros modernos, lançaram-se em busca do rapaz como se procurassem um tesouro perdido em águas sombrias. Quem sabe, nesse cenário sombrio, o lago murmurava segredos que só os mais destemidos poderiam ouvir?Enquanto isso, o São João bate à porta com promessas de festas e fogueiras. Os ônibus dançam como sanfonas nas estradas, prontos para levar o povo ao som da zabumba e do triângulo. Quem diria que a frota intermunicipal se tornaria protagonista de uma festa tão esperada? A venda de passagens virou o novo forró, com gente disputando assentos como quem disputa um par na quadrilha.No Huse, as chamas não são de São João, mas de dor. Com 80% dos leitos para queimados ocupados, o hospital é um caldeirão fervente de sofrimento. Entre as dicas de resfriamento e panos secos, surge a pergunta: será que algum dia aprenderemos a dançar em volta do fogo sem nos queimar?A Escola de Artes de Aracaju abre suas portas como um baú mágico, oferecendo mais de 1,5 mil vagas em cursos que vão do teatro ao circo. É como se a cidade se preparasse para um grande espetáculo onde cada um pode encontrar seu lugar no palco. A arte, afinal, é o remédio silencioso que cura feridas invisíveis.A violência, no entanto, não faz parte desse espetáculo. Trabalhadores foram agredidos com pedaços de madeira enquanto cortavam a energia por falta de pagamento. Parece uma cena de filme de ação, mas é a dura realidade onde heróis e vilões se confundem em um cenário urbano caótico.Prefeitos de grandes economias reúnem-se em São Paulo, debatendo soluções para o clima e a fome. É um teatro diplomático onde cada palavra é um ato ensaiado, buscando um final feliz em meio a tantos conflitos. E por falar em conflitos, Putin e Kim Jong-un assinam um pacto que mais parece roteiro de filme de espionagem, prometendo assistência mútua como se estivessem em uma dança perigosa sobre um campo minado.A região metropolitana entra em estado de alerta com a baixa umidade do ar, fazendo termômetros oscilarem como humor de adolescente. Cuidar da saúde torna-se um desafio em um clima tão volátil, onde a natureza parece brincar de esconde-esconde com os habitantes.E no Supremo Tribunal Federal, a justiça está em jogo. Decidem se os suspeitos de planejar os assassinatos de Marielle e Anderson se tornarão réus. É um drama jurídico que ecoa como um grito por justiça, buscando resposta em um tribunal de gigantes.Enquanto isso, quase 600 muçulmanos sucumbem ao calor extremo durante a peregrinação a Meca. Sob um sol impiedoso, a fé é testada até o limite, mostrando que a devoção pode ser tão ardente quanto as temperaturas que atingem 51,8ºC.Neste dia 18 de junho de 2024, o mundo é um palco onde a comédia e a tragédia se entrelaçam, revelando a complexidade de nossa existência através de metáforas e ironias que só a vida pode proporcionar.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira