Parábola
A Parábola do Arvoredo e da Palmeira
Era uma vez, em uma vasta floresta, um majestoso arvoredo, cujas copas se elevavam altivas em direção ao céu. Ele se orgulhava de sua altura e da sombra generosa que oferecia aos animais da floresta. Na sua proximidade, havia uma palmeira, mais baixa e esguia, que, embora não tivesse a mesma imponência, sempre era rodeada por pássaros e flores.
Um dia, durante uma forte tempestade, os ventos começaram a soprar com força. O arvoredo, confiante em sua robustez, desafiou as forças da natureza, rindo da palmeira. “Vejo como você é frágil! Vai se quebrar a qualquer momento!” A palmeira, porém, respondeu com calma: “Posso não ser alta, mas tenho flexibilidade. Vou me curvar, enquanto você resiste.”
E assim aconteceu. O vento uivou e o arvoredo lutou bravamente contra a tempestade. No entanto, suas raízes, tão fixas em sua vaidade, não conseguiram suportar a pressão. Com um estalo poderoso, um dos troncos se partiu, e o arvoredo caiu, levando consigo ramos e folhas, deixando uma clareira desoladora.
A palmeira, por sua vez, se curvou com a força do vento, dançando suavemente enquanto a tempestade passava. Quando o sol voltou a brilhar, a palmeira se ergueu novamente, erguendo sua cabeça em direção ao céu, cheia de vida.
Os animais da floresta, que antes buscavam abrigo sob o arvoredo, agora se reuniram ao redor da palmeira, admirando sua resiliência e sua humildade. A palmeira disse, então: “Ser humilde não é se submeter, mas reconhecer suas limitações e adaptar-se às adversidades. A verdadeira força vem da flexibilidade e da simplicidade.”
E assim, a floresta aprendeu que a humildade é como a palmeira: às vezes, é preciso se curvar para se manter de pé, e a grandeza não reside na altura, mas na sabedoria de saber quando se adaptar e quando ser forte.
Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE