MÚSICA SERGIPANA
“A Mestiça”, uma obra-prima do cantor Chico Queiroga, é um verdadeiro tesouro da música sergipana poderia se adaptada para o cinema.
“A Mestiça”, uma obra-prima do cantor Chico Queiroga, é um verdadeiro tesouro da música sergipana poderia se adaptada para o cinema.
Mestiça”, uma obra-prima do cantor Chico Queiroga, é um verdadeiro tesouro da música sergipana. Sua melodia envolvente e letra poética capturam a riqueza cultural e histórica do estado de Sergipe, destacando-se como um exemplo brilhante da música regional brasileira e da MPB. A narrativa lírica de “A Mestiça” é tão rica e cativante que facilmente poderia ser adaptada para outras mídias, como um filme ou uma novela, ampliando ainda mais seu impacto cultural.
O Brasil já tem uma tradição robusta de transformar músicas populares em obras cinematográficas e televisivas. Exemplos notáveis incluem “Eduardo e Mônica” e “Faroeste Caboclo”, ambos sucessos musicais da banda Legião Urbana, que foram adaptados para o cinema com grande sucesso. Essas adaptações não apenas celebram a música original, mas também trazem novas camadas de profundidade às histórias, permitindo que sejam exploradas sob diferentes perspectivas visuais e narrativas.
A canção “A Mestiça”, com sua rica tapeçaria de emoções e temas, poderia seguir um caminho semelhante. Seu enredo, personagens e paisagens descritas na letra têm potencial para criar uma narrativa visual poderosa. A música, ao ser transformada em filme ou novela, poderia explorar questões de identidade, cultura e herança de maneira profunda e emocionante, atingindo um público ainda mais amplo.
Portanto, “A Mestiça” de Chico Queiroga não é apenas uma obra-prima da música sergipana, mas também uma potencial fonte de inspiração para o cinema e a televisão, capaz de continuar a tradição de sucessos brasileiros que transcendem a música e se tornam parte da narrativa cultural do país.
Escrito por Antonio Glauber Santana Ferreira
Vejam a música abaixo
A mestiça
(Chiko Queiroga & Antônio Rogério)
Uma mestiça no requebrado
Fazia o homem desassisar
Lá na baiuca, no seu bailado
Fazia o homem se embriagar
E cativava os forasteiros
Deixavam os negros na escravidão
No desamparo, do desarrimo
Deixavam-os sempre sem um tostão
Que mistério é esse negra
Que faz se embriagar, os nobres
E os pobres peões lá da redondeza
Depois torturá-los, matando-os de tesão e desejo
E abandoná-los sem revelar seu segredo
Lá vem negra cheia de ouro
Seu caminhado faz provocar
E as comadres prendem os maridos
Temem a mestiça que vai passar
Na meia noite cadê os homens
Suas mulheres a perguntar
Estão na bodega tomando vinho
Vendo a mestiça se requebrar
Que mistério é essa negra
Que tira os homens das damas
Que a desejam bela na lama, que a sua na cama
E a cidade apavorada, suas mulheres a condenar
A tal mulata, numa passeata, pedindo a forca ou sua prisão
Mas o emissário foi seduzido deixou a nega em libertação
E as esposas tão ardejantes já não sabiam porque razão
Que fez o homem chorar
Pois homem não chora
Pois ela lhe fez lagrimar
Lá na cidade ainda choravam
Sobre as ruínas do barracão
O homem nobre, o homem pobre
Todos unidos numa oração
Mas de repente lá surge a negra
Sobre a garupa de outro vilão
Passou um sorriso tão devassado
E acenou pros débeis machões
Que mistério é esse negra
Que faz se embriagar, os nobres
E os pobres peões lá da redondeza
Depois torturá-los, matando-os de tesão e desejo
E abandoná-los sem revelar seu segredo