Brutus o tubarão brigão

Era uma vez, no profundo e vasto oceano, um tubarão chamado Brutus. Brutus era conhecido em todos os recifes e mares pelas suas brigas constantes. Não havia criatura que não temesse suas mandíbulas afiadas e sua atitude intimidante.

Um dia, enquanto nadava em busca de um novo oponente, Brutus encontrou um pequeno peixe-palhaço chamado Nemo. Nemo, apesar de sua aparência frágil e colorida, era corajoso e esperto. Quando Brutus tentou intimidá-lo, Nemo apenas sorriu e disse:

— Oi, Brutus! Ouvi dizer que você é o mais forte de todos. Que tal uma competição diferente?

Intrigado, Brutus parou e perguntou:

— Que tipo de competição, pequeno peixe?

Nemo, com seus olhos brilhando de inteligência, respondeu:

— Uma competição de inteligência. Vamos ver quem pode resolver um enigma mais rápido.

Brutus, sempre confiante de sua superioridade, aceitou o desafio. Nemo então propôs o enigma:

— O que tem asas, mas não voa; tem pernas, mas não anda; e tem uma cabeça, mas não pensa?

Brutus coçou a cabeça, perplexo. Enquanto isso, criaturas marinhas de todos os lados começaram a se reunir para assistir à competição. Depois de alguns minutos de silêncio, Brutus, frustrado, gritou:

— Eu desisto! Qual é a resposta?

Nemo, com um sorriso no rosto, respondeu calmamente:

— É um alfinete.

Todos os animais marinhos aplaudiram a inteligência de Nemo. Brutus, envergonhado, percebeu que a força bruta não era a única coisa que importava. A partir daquele dia, ele começou a valorizar a inteligência e a coragem das outras criaturas, tornando-se mais amigável e menos brigão.

E assim, o oceano voltou a ser um lugar mais pacífico, onde até mesmo o mais feroz dos tubarões aprendeu a importância da sabedoria e da amizade.

Moral da história: A força pode ganhar batalhas, mas a inteligência e a amizade conquistam corações.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira