CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 20 de julho de 2024 dia do amigo

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 20 de julho de 2024 dia do amigo
Publicado em 21/07/2024 às 0:27

No palco do vasto teatro da vida, o dia 20 de julho de 2024 se desenrolou como um roteiro repleto de contrastes e ironias, encenando as peculiaridades do nosso tempo. O “Dia do Amigo” trouxe surpresas inesperadas, como um presente que chega sem aviso prévio.

Comecemos pela maternidade Nossa Senhora de Lourdes em Aracaju, onde três novos personagens fizeram sua estreia no palco da existência. Trigêmeos, nascidos em uma sinfonia de vida, rompendo o silêncio da madrugada com seus primeiros choros. Nesse microcosmo de alegria, é impossível não pensar que, enquanto alguns brindam a chegada de três vidas, outros apostam na Mega-Sena, onde o prêmio de R$ 61 milhões acumula, um bilhete de esperança em meio ao cotidiano comum. Quem sabe um dia, esses três recém-nascidos não sejam os sortudos a encontrar o bilhete premiado entre suas histórias?

Enquanto isso, em um palco bem mais distante, um robô da NASA, com a precisão de um relojoeiro desajeitado, “atropela” uma rocha em Marte, revelando um mineral inédito, o enxofre puro. “É como encontrar um oásis no deserto”, disse um cientista, enquanto aqui na Terra, enfrentamos a ironia de que, apesar dos avanços tecnológicos, não conseguimos resolver os problemas mais básicos de nossa própria casa. Quem diria que o ritmo de rotação da Terra poderia ser tão sensível ao derretimento das calotas polares, a ponto de nos dar dias mais longos? Não que possamos perceber esse aumento, mas certamente a internet e o GPS sentirão os efeitos, talvez deixando-nos perdidos na era da informação.

Em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, uma espécie de cágado ameaçada, Ranacephala hogei, foi encontrada, um sobrevivente solitário em um mundo que parece ter esquecido sua existência. Enquanto isso, em São Paulo, o Presidente do STF rejeitou suspender a contratação da Sabesp pela prefeitura, em um jogo de poder onde os peixes grandes continuam nadando livremente, enquanto as espécies menores lutam para não desaparecer.

E no campo esportivo, o Flamengo venceu o Criciúma com um pênalti marcado enquanto havia duas bolas em campo. Um evento que soa como uma metáfora perfeita para a confusão e a desordem que permeiam tantas esferas da vida contemporânea.

Do outro lado do mundo, em Bangladesh, uma revolta que começou com estudantes insatisfeitos com o sistema de cotas para empregos públicos, transformou-se em um tumulto que já deixou mais de 100 mortos. A internet foi desligada, deixando uma nação inteira no escuro digital, uma medida drástica que lembra a fragilidade das nossas liberdades modernas.

Finalmente, a Polícia Federal brasileira se prepara para atuar pela primeira vez na segurança dos Jogos Olímpicos em território internacional. As Olimpíadas de Paris começam em breve, e lá estarão nossos agentes, em um esforço de cooperação internacional que, ironicamente, parece mais sólido do que muitos esforços domésticos.

Assim, o “Dia do Amigo” se desenrola em uma tapeçaria de eventos diversos, onde a vida, com suas ironias e críticas, nos lembra que estamos todos conectados por um fio tênue de experiências humanas, cada qual com seu próprio roteiro, em um espetáculo sem fim.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira