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Banese à Venda ?

Banese à Venda ?
Publicado em 18/07/2024 às 12:47

A recente decisão de lança edital para vender todos imóveis das agências do Banese provocou uma onda de reações negativas, tanto localmente quanto em âmbito nacional. Enquanto o governo de Sergipe defende a medida como uma estratégia de otimização de recursos e modernização do banco, críticos veem na ação um prelúdio para a privatização.

O Banese, conhecido por seu papel crucial no desenvolvimento econômico e social do estado, representa mais do que uma instituição financeira; é um símbolo de identidade e orgulho regional. A simples menção à venda de suas agências já despertou temores de perda de autonomia e controle sobre um patrimônio construído ao longo de décadas.

Veículos renomados, como o Estadão e o Valor Econômico, repercutiram a notícia, ampliando o debate sobre a verdadeira intenção por trás do edital. Seria este o primeiro passo para privatizar um dos poucos bancos estaduais que ainda resistem às pressões do mercado?

A população sergipana se mostra apreensiva. Para muitos, o Banese não é apenas uma entidade financeira, mas um aliado histórico das pequenas e médias empresas, um facilitador do crédito popular e um motor do desenvolvimento local. A venda de agências é vista como uma medida que pode enfraquecer esse papel, transferindo o controle para mãos privadas e, possivelmente, para interesses que não refletem as necessidades e aspirações da comunidade sergipana.

As críticas são intensas e refletem um sentimento coletivo de proteção ao que é visto como um patrimônio público. A decisão final sobre o destino das agências do Banese poderá definir não apenas o futuro da instituição, mas também a relação de confiança entre o governo e a população de Sergipe.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira