CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de julho de 2024

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de julho de 2024
Publicado em 18/07/2024 às 10:58

Em Sergipe, os ventos do progresso sopraram na Assembleia Legislativa, onde os reajustes salariais e gratificações para a segurança pública foram aprovados. Assim, nossa nobre Alese nos brindou com um espetáculo de nomenclaturas resplandecentes, dignas de um glossário da nobreza. Afinal, chamar o “porteiro” de “guardião do portal” dá outra dimensão ao cargo, não é mesmo? Quem diria que as palavras poderiam ser tão bem remuneradas!

Enquanto isso, em um curioso ato de bronzeamento não autorizado, uma empreendedora do sol artificial foi pega literalmente com a mão na energia alheia. Surpreendida pela Polícia Científica e a Energisa, a dona do estabelecimento se viu em um episódio digno de uma série policial: “CSI: Bronzeamento Elétrico”. Quem diria que roubar raios de sol poderia sair tão caro?

E, como se não bastasse, a Grande Aracaju ficou mais seca que as piadas de um comediante sem graça. A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) reportou que uma adutora foi danificada, deixando quase 30 bairros sem água. A culpada? Uma ação de terceiros, é claro! Porque, neste teatro de absurdos, nada é mais previsível do que a imprevisibilidade.

Na Argentina, Milei demite subsecretário que cobrou pedido de desculpas de Messi após cântico racista na seleção argentina. Parece que, na terra do tango, pedir desculpas é um passo errado na dança da política. Enquanto isso, a Fifa abriu uma investigação, provando que, pelo menos no futebol, ainda há quem se preocupe com a coreografia ética.

Ângela Maria da Silva, vítima de uma escravidão moderna, nos lembra que o Brasil ainda carrega correntes invisíveis. Resgatada após 47 anos de servidão, sua história ecoa como um grito sufocado de liberdade tardia, um lembrete doloroso de que o passado sombrio ainda se infiltra no presente.

No mundo dos dinossauros, um fóssil foi leiloado por R$ 244 milhões em Nova York, quebrando recordes e bolsos. Quem diria que os ossos antigos poderiam ter mais valor do que um título de nobreza recém-criado?

Enquanto isso, a gasolina sobe mais do que foguete da SpaceX, com a Petrobras elevando os preços e a ANP confirmando um aumento médio de R$ 0,12. Etanol e diesel não ficaram de fora dessa escalada, provando que, no Brasil, até abastecer o carro virou um exercício de economia criativa.

E em meio a tantas calamidades, um pesquisador brasileiro se dedica a treinar a inteligência artificial para prever secas-relâmpago. Um esforço louvável, afinal, prever o imprevisível é o sonho de todo cientista. Quem sabe um dia a tecnologia possa nos salvar dos efeitos de um clima cada vez mais temperamental.

Para coroar o dia, Joe Biden foi diagnosticado com Covid-19, cancelando seu discurso em Las Vegas. Entre coriza e tosse, o presidente dos EUA nos lembra que, mesmo na Casa Branca, o vírus não escolhe suas vítimas.

E, para fechar com chave de ouro (ou de medo), um neonazista foi preso na França, suspeito de planejar ataques durante as Olimpíadas de Paris. Prova de que, mesmo nos dias de hoje, o ódio ainda encontra terreno fértil para se propagar, lembrando-nos que a vigilância contra a intolerância nunca deve cessar.

Ah, o mundo em um dia! Um verdadeiro compêndio de absurdos e ironias, onde o cômico e o trágico se encontram para nos brindar com um espetáculo que só a vida real pode oferecer.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira