CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber Santana Ferreira sobre as notícias do dia 12 de julho de 2024

Crônica do Professor Antonio Glauber Santana Ferreira sobre as notícias do dia 12 de julho de 2024
Publicado em 13/07/2024 às 13:32

Na vastidão dos dias modernos, onde o comum se encontra com o extraordinário, os contos urbanos se desenrolam com a precisão de um roteiro cinematográfico. No dia 12 de julho, Sergipe, o Brasil e o mundo se depararam com uma série de eventos que mais pareciam capítulos de uma novela dramática, pontuada por momentos de humor e tragédia.

Logo pela manhã, a Polícia Civil desvendou um enredo de estelionato digno de uma saga épica. Um homem, com a astúcia de um vilão de filmes de espionagem, navegava pelas terras de Sergipe, Alagoas, Goiás e Bahia, acumulando cartões de crédito e espalhando prejuízos como um deus da discórdia. Seu talento para o malabarismo financeiro resultou em uma média de R$ 50 mil por golpe, somando um estrago de R$ 600 mil. Se fosse uma ópera, ele seria o maestro de uma sinfonia de fraudes.

Enquanto isso, no teatro da saúde pública, o Hospital Universitário em Sergipe se torna o cenário de uma batalha pela dignidade das pacientes. O Ministério Público Federal ergueu a bandeira da justiça, exigindo que o hospital retome as cirurgias de endometriose, suspensas desde 2023. Setenta e sete mulheres aguardam, como heroínas de um drama, pelo alívio de suas dores, enquanto o palco da saúde parece se desmoronar.

No entanto, não faltaram cenas cômicas e alertas no palco nacional. O “Golpe do PIX errado” foi a comédia de erros da vez, onde um professor do Paraná se viu no papel de um protagonista trágico, ao devolver dinheiro “por engano” e acabar no prejuízo. O Banco Central anunciou um recorde de transações via PIX, enquanto os golpistas se reinventavam em novas modalidades de fraude. Era um jogo de gato e rato, onde os criminosos pareciam ter uma criatividade ilimitada.

E como se não bastasse o drama e a comédia, a tragicomédia internacional também deu as caras. Uma notícia muito triste lá na Nigéria, um desabamento escolar resultou na morte de 22 estudantes, uma tragédia que o governo atribuiu à fragilidade estrutural e à proximidade com um rio. Era como se a própria terra conspirasse contra aqueles que mais necessitavam de segurança e educação.

No palco das apostas, a Mega-Sena promete transformar vidas com seus R$ 15 milhões, enquanto a +Milionária oferece um prêmio astronômico de R$ 242 milhões. Uma tentação irresistível para aqueles que sonham em mudar de vida da noite para o dia, em um país onde a esperança é um bilhete de loteria.

E, no distante Oriente, a Coreia do Sul se prepara para enfrentar o ditador Kim Jong-un com armas a laser. O “Projeto Star Wars” parece uma página arrancada de um romance de ficção científica, onde lasers silenciosos e econômicos seriam a defesa contra drones invasores.

Assim, o dia 12 de julho de 2024 se desenrolou como uma tapeçaria complexa, tecida com fios de esperança, tragédia e ironia. Em meio ao caos e à comédia da vida real, restava-nos observar e refletir, na expectativa de que, um dia, poderemos transformar nosso próprio enredo em uma história de triunfo e redenção.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira