Na ópera cômica que é a vida política sergipana, o palco foi invadido por um novo ato tragicômico: metade dos nossos digníssimos deputados federais estão afastados das funções. É como se, num balé desengonçado, metade do elenco do espetáculo se retirasse abruptamente do palco, deixando os espectadores em um misto de perplexidade e risos nervosos. Publicados no site da Câmara dos Deputados, esses afastamentos mais parecem uma cartilha de como não conduzir a vida pública, tornando-se um retrato tragicômico de nossa realidade.

Enquanto isso, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) oferece vagas para graduação e cursos técnicos. Em meio ao caos, aqui está uma luz de esperança, ou talvez uma tentativa desesperada de nos distrair do teatro político. As inscrições começam nesta quinta-feira, e quem sabe, alguns dos novos alunos não aprendam a diferença entre ética e sua ausência completa.

No cenário econômico, o IPCA subiu 0,21% em junho, puxado pelos preços de alimentos. A inflação acumulada de 4,23% em 12 meses soa como música desafinada aos ouvidos do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,32%. Mais uma vez, nossas expectativas foram subvertidas, e os preços dançam um tango descompassado que deixa o consumidor na ponta dos pés, tentando equilibrar o orçamento.

A aprovação das mudanças no novo ensino médio tem dividido entidades. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) considera a decisão uma derrota parcial, enquanto os secretários de educação suspiram de alívio. Parece uma partida de tênis em que cada lado do campo celebra suas próprias vitórias e lamenta suas perdas, deixando os estudantes como meros espectadores de uma disputa que define o futuro deles sem qualquer participação ativa.

Em um ato digno de um thriller de ação, o governo muda regras para permitir que aviões estrangeiros combatam incêndios florestais. Marina Silva, a ministra do Meio Ambiente, garante que a ajuda não é necessária no momento, mas é bom agir com precaução. A operação no Pantanal conseguiu extinguir 55% dos focos de incêndio, transformando uma catástrofe natural em uma saga épica de batalha contra o fogo. Ainda restam 24 incêndios ativos, mas 13 já estão controlados. No meio dessa guerra contra as chamas, nossas florestas são os heróis silenciosos, lutando pela sobrevivência.

O Congresso avança na regulação do hidrogênio verde com energia limpa, prometendo um futuro mais sustentável. Porém, como em toda boa história, há uma reviravolta: o Senado alterou o texto para permitir um pouco mais de carbono na atmosfera. Porque, claro, uma pitada de poluição nunca matou ninguém, certo? É como adicionar uma dose extra de sal na sopa e depois se surpreender quando fica intragável.

E, para encerrar com um tremor de proporções épicas, um terremoto de magnitude 6,7 atingiu Mindanao nas Filipinas. Nada como um lembrete da natureza para nos mostrar quem realmente está no controle. Ao mesmo tempo, a Otan acusa a China de abastecer a Rússia em ataques contra a Ucrânia, numa dança geopolítica que mais parece um jogo de xadrez, onde cada movimento é calculado para maximizar a tensão e a incerteza global.

Assim, continuamos a viver nessa tragicomédia diária, onde cada notícia é uma nova cena de um espetáculo surreal. Entre metáforas e ironias, seguimos observando, rindo e, quem sabe, aprendendo com a inusitada coreografia da vida.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira