CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber Santana Ferreira sobre as notícias do dia 04 de julho de 2024
Crônica: O Espelho de Sergipe e do Mundo em Julho de 2024
Crônica do Professor Antonio Glauber Santana Ferreira sobre as notícias do dia 04 de julho de 2024
O sol nasceu em Sergipe, iluminando uma Aracaju que parece ter acordado com energia para mover montanhas. A tão aguardada ponte Inácio Barbosa/Coroa do Meio finalmente saiu das páginas do papel e das promessas de políticos para, quem sabe, materializar-se em concreto e aço. Parece até que veremos uma ponte que ligará não apenas margens, mas sonhos e esperanças, algo que raramente vemos nos últimos tempos. Em contraste, a cidade ainda enfrenta o dilema das emendas parlamentares: 17 milhões destinados a entidades da sociedade civil. Em tempos de seca, esses recursos são como chuva em terra árida, mas será que vão irrigar as áreas certas ou escorrer pelos ralos da ineficiência?
Enquanto uma ponte promete unir, outra ação busca separar o trigo do joio. Catorze mandados de busca e apreensão contra fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e corrupção foram cumpridos. O Gaeco, a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar de Sergipe são os cavaleiros modernos enfrentando dragões de colarinho branco. Talvez o verdadeiro milagre não seja a construção de pontes, mas a justiça atravessar as barreiras da impunidade.
Mudando de cenário, nossa seleção feminina de vôlei já está em contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Paris. José Roberto Guimarães, o mago das quadras, convocou suas guerreiras para buscar o tricampeonato. Em um mundo onde a política se desmancha em escândalos, as quadras de vôlei se tornam o campo onde ainda podemos sonhar com vitórias limpas e celebrações genuínas.
No teatro político nacional, o enredo ganha tons de novela mexicana. Jair Bolsonaro e mais onze protagonistas foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito das joias. Peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa são os crimes em questão. Quem diria que joias brilhantes poderiam ofuscar a ética de uma nação? Enquanto isso, o dólar despenca abaixo de R$ 5,50, num movimento que seria comemorado se não fosse tão reflexo das promessas frágeis de um arcabouço fiscal. É como aquele truque de mágica que impressiona na hora, mas depois você percebe que era só ilusão.
A indústria brasileira, por sua vez, clama por um aumento de impostos para conter a “invasão” de veículos chineses. A Anfavea soa como um general em desespero, tentando erguer barreiras tarifárias para proteger seus soldados metálicos. Em um mercado globalizado, essas táticas parecem cada vez mais anacrônicas, uma luta contra moinhos de vento.
No Reino Unido, as urnas parecem ter cansado dos conservadores após 14 anos. Keir Starmer e os trabalhistas estão a um passo de tomar o poder, como um enredo de novela onde o mocinho finalmente vence o vilão. Já na França, Mbappé, o herói dos gramados, pede votos contra a extrema direita de Marine Le Pen. Num cenário onde a política é um campo minado, até os jogadores de futebol assumem papéis de liderança.
E, por fim, voando pelos céus internacionais, a Delta Airlines resolveu um problema de comida estragada oferecendo apenas macarrão em seus voos. Uma solução simples e carb-heavy para uma era de complicações. Às vezes, a vida precisa de um pouco mais de simplicidade, mas será que macarrão resolve todos os nossos problemas?
Sergipe, o Brasil e o mundo giram em um carrossel de notícias que mesclam esperança, escândalos e uma busca incessante por justiça. Entre pontes que unem e operações que separam, seguimos tentando entender e moldar o nosso próprio destino.
Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira