Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 21 de junho de 2024.

Uma Festa Junina, Concursos e Territórios Perdidos

Ah, o dia 21 de junho de 2024, marcado por um São João vibrante e repleto de novidades. Em Japaratuba-SE e Pirambu-SE, os céus se encheram de bandeirinhas coloridas, e o cheiro de milho assado invadiu as ruas. As escolas se transformaram em pequenos arraiais, onde a inocência das crianças , a vibração dos adolescentes e a dedicação dos professores se fundiram em um espetáculo encantador.

Na Escola Municipal Professor Emiliano Nunes de Moura, em Japaratuba, teve barracas com comidas tipicas, Trio pé de Serra, alunos vestidos como autênticos caipiras, dançaram forró com a energia de quem celebra a vida em cada passo, teve corrida de saco, desfile e dança do casal caipira. Não faltou alegria nos sorrisos, que iluminavam o ambiente mais do que as próprias luzes de São João. Já na Escola Municipal Mário Trindade Cruz, em Pirambu, o clima foi igualmente contagiante, com comidas típicas que resgatavam as mais deliciosas tradições do nosso Nordeste , quadrilha e muita alegria.

Mas, entre um passo de dança e um prato de canjica, a realidade além das festas também se fez presente. Em Japaratuba, a Escola Estadual José de Matos Teles se destacou pela sua dedicação ao São João, enquanto na Escola Experimental em Pirambu, teve quadrilha a criançada feliz a dançar, teve também a homenagem à professora Teresa Cariri tocou os corações de todos. Um tributo merecido àqueles que plantam as sementes do conhecimento em nosso solo fértil.

Enquanto isso, o Governo de Sergipe anunciou um concurso público com 878 vagas para a saúde, um presente esperado como uma fogueira na noite fria. Um alívio para muitos, assim como a ampliação do centro de pesquisas clínicas pela UFS, acendendo a chama da esperança no avanço da ciência.

Contudo, nem todas as notícias trazem alegria. No Paraná, um erro centenário na medição de terras fará com que o estado perca território para Santa Catarina. Quase 500 campos de futebol, medidos por um paranaense corajoso e suas ferramentas, agora pertencem aos catarinenses. Como uma quadrilha mal ensaiada, a história deu uma volta inesperada, e os passos errados do passado cobram seu preço no presente.

E, no mundo dos negócios, as ações da Sabesp estão à venda, aproximando a companhia da privatização. É como se vendêssemos um pedacinho da nossa água, bem em plena época de seca. O mercado esfrega as mãos, enquanto nós, meros espectadores, tentamos entender onde essa dança vai nos levar.

Em um cenário político, Lula, critica as greves das universidades federais, lembrando a todos que ele já enfrentou adversidades piores. A luta continua, mas a dança parece um pouco fora do ritmo.

A notícia mais triste do dia foi a morte de Celeste Arantes, mãe do Rei Pelé. Aos 101 anos, ela parte, deixando um legado que vai além do futebol, e lembrando a todos que até os maiores ícones são, antes de tudo, humanos.

A American Airlines enfrenta acusações de racismo, após funcionários serem afastados por discriminação racial contra homens negros. Um lembrete doloroso de que, mesmo em tempos de festa, ainda precisamos lutar por igualdade e justiça.

E, como se a vida não fosse suficientemente misteriosa, um monólito espelhado apareceu e desapareceu perto de Las Vegas, alimentando teorias e curiosidades. Talvez seja um sinal de que, no final, todos somos parte de uma grande dança, cujos passos ainda estamos aprendendo.

 Viva São João!

Entre bandeirinhas e monólitos, entre quadrilhas e disputas territoriais, seguimos em frente. Que as festas juninas nos ensinem a celebrar a vida, mesmo quando o compasso da música muda inesperadamente. Afinal, a dança continua, e cada passo nos leva para um futuro incerto, mas cheio de possibilidades.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira