Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 10 de junho de 2024.

Na pitoresca cidade de Japaratuba, o dia 10 de junho de 2024 amanheceu como uma aquarela de festa e contradição. Véspera dos 165 anos de emancipação política da cidade, o local transbordava alegria com a quermesse anual, onde escolas e comunidades se uniam como ingredientes de um bolo de aniversário um tanto peculiar. A praça conselheiro Reinaldo Moura estava cheias de barracas coloridas, como se fossem uma paleta de um pintor entusiasta. O povo dançava ao som do forró e saboreou milho, pastel e quentão. A noite os professores da rede municipal foram na Câmara Municipal para assistir à votação do modesto reajuste de 5%. Por falar em Câmara Municipal teve também a palestra sobre as Eleições 2024 com o advogado Dr. Fabiano Feitosa .Do outro lado do estado, longe do brilho das luzes festivas, a confusão tomava conta da orla de Aracaju. Policiais federais presos após um desentendimento com um delegado e desacato a PMs. A situação lembrava um episódio de um reality show mal roteirizado, onde os protagonistas esquecem que estão sendo observados. “Talvez eles estivessem tentando criar seu próprio enredo para um filme de ação”, dizia um observador cínico, já imaginando o título: “A Festa da Lei”.E não muito longe dali, em Estância, uma nova esperança brotava com a promessa de um novo campus da UFS. “Finalmente, um lugar onde o conhecimento pode florescer, mesmo em meio ao solo árido da política educacional”, comemorava um morador.Enquanto isso, no cenário internacional, uma conversa telefônica entre Putin e Lula parecia mais um diálogo de uma novela de conspiração. Com Putin expressando solidariedade pelas enchentes no Rio Grande do Sul quase um mês após a tragédia, o timing era tão preciso quanto uma piada contada fora de hora. “Talvez ele tenha se perdido no fuso horário”, comentava sarcasticamente um analista político.Na península coreana, a tensão escalava como um jogo de tiro ao alvo, com a Coreia do Sul disparando tiros de aviso após soldados da Coreia do Norte atravessarem a fronteira. “É como se estivessem jogando uma partida de paintball, mas esqueceram de avisar os civis”, ironizava um correspondente internacional.E para fechar o dia, no STF, o ministro Barroso prometia pautar em breve a regulação das redes sociais. A decisão seria como tentar domar um cavalo selvagem com uma corda de pular. “Até lá, vamos continuar a assistir a esse circo digital sem lona”, concluía um internauta, enquanto se preparava para mais uma noite de memes e discussões inflamadas.Japaratuba pode ter amanhecido festiva, mas a realidade, com suas ironias e contradições, continuava a nos lembrar que a verdadeira quermesse é a vida, com seus altos e baixos, doces e amargos, risos e lágrimas. E assim, seguimos dançando, torcendo para que, no próximo giro, a música seja um pouco mais suave.

Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira