Crônica de Glauber
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 09 de junho de 2024.
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 09 de junho de 2024.
Era uma vez um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, onde as praias eram o verdadeiro tesouro nacional. Mas, como em toda boa fábula, não podiam faltar os vilões e suas manobras engenhosas. Assim, surgiu a PEC das Praias, um novo capítulo no grande livro das trapaças brasileiras. Sergipe, esse estado pequeno em tamanho mas gigante em burocracia, revelou que mais de 200 mil m² de terrenos de marinha estavam sob escrutínio, enquanto Aracaju, a cidade das dunas encantadas, contava com mais de 30 mil propriedades registradas. Imaginem só, as praias, que deveriam ser um bem de todos, agora ganham contornos de propriedades privadas, como se as ondas precisassem de CPF para quebrar na areia.
Enquanto isso, no velho continente, o Parlamento Europeu mais parecia um baile de máscaras. Partidos do centro se mantinham no controle, mesmo com o avanço dos mascarados da ultradireita. A soma dos blocos conservadores, liberais e social-democratas formava uma maioria que, apesar das diferenças, se unia em um tango político que fazia a União Europeia parecer uma grande pista de dança, onde todos os passos eram calculados, mas nem sempre harmoniosos.
De volta ao Brasil, a realidade mostrava sua face mais cruel. Suplementos alimentares eram vendidos fora da validade e com fórmula adulterada. Era como se os contos da carochinha ganhassem vida, só que sem o final feliz. A quadrilha não apenas lesava os bolsos dos consumidores, mas também atentava contra a saúde pública. E, no meio dessa trama de terror, Lulu Santos, o eterno cantor das “boas vibrações”, encontrava uma plena recuperação após uma crise de gastroenterite. Os exames laboratoriais deram positivo para Influenza A, mas a previsão era de alta para a segunda-feira. Parece que até as doenças precisam de um descanso no final de semana.
E a Mega-Sena? Ah, a eterna loteria dos sonhos impossíveis. Desta vez, uma aposta do Recife acertou a quina e levou mais de R$ 49 mil. Nada mal para um simples jogo de seis números. Enquanto isso, o prêmio principal de R$ 114 milhões foi para um sortudo do Paraná. E nós, mortais, continuamos a sonhar com o dia em que os números da sorte finalmente nos sorrirão.
No cenário internacional, uma brasileira ferida no Líbano dava sinais de melhora. Fatima Boustani deixava a UTI e sua família, em um misto de alívio e esperança, compartilhava a primeira foto dela no hospital. Em meio a tantas tragédias, uma pequena vitória trazia um sopro de alento.
Na Grande São Paulo, um ‘castelo’ de mais de 120 anos abria suas portas como museu. O Museu São Norberto, com seu acervo que contava a história da Primeira Guerra Mundial e de Pirapora do Bom Jesus, era um refúgio para os amantes da história. Enquanto isso, em Porto Alegre, o corredor humanitário da Zona Norte era desmontado. A enchente de maio havia deixado marcas, mas a cidade, como sempre, mostrava sua resiliência.
Por fim, no Irã, o conselho eleitoral aprovava seis candidatos para as eleições presidenciais. O ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad ficava de fora, enquanto Mohammed Bagher Qalibaf, com suas ligações com a Guarda Revolucionária, se destacava como o principal candidato. Mais um capítulo de uma novela que, assim como a nossa, é cheia de reviravoltas e surpresas.
E assim, encerramos mais um domingo, onde a realidade, com suas ironias e metáforas, nos lembra que a vida, por mais absurda que seja, nunca deixa de ser fascinante. Até a próxima crônica caros leitores!
Autor: Antonio Glauber Santana Ferreira