Sete anos se passaram, e a dor, que deveria se tornar memória suave, ainda tem o peso de uma saudade viva, cortante. Hoje, dia 07 de novembro de 2024, revivo aquele 07 de novembro de 2017 como se fosse ontem. O tempo, esse senhor que promete curar feridas, revelou-se apenas um companheiro que ensina a conviver com elas.

Renato Ferreira( Nor ), meu pai, meu herói silencioso, partiu levando com ele um pedaço de mim, deixando um espaço que nada nem ninguém consegue preencher. Aquele dia sombrio marcou para sempre uma ausência que, a cada manhã, insiste em lembrar-se como presença viva. Nos pequenos detalhes, nos conselhos que ficaram ecoando e no sorriso que, de tão simples, era grandioso. Ah, pai, como sinto falta desse abraço que trazia a sensação de que tudo estaria bem, de que o mundo, com todas as suas dificuldades, ainda era um lugar seguro.

Hoje, olho para o céu e imagino que, de onde está, ele sorri e, de alguma forma, tenta dizer que não há distância capaz de apagar o amor que nos uniu.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE