Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

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Em Aracaju, na Zona Norte, onde os votos parecem ser disputados como grãos de milho em uma briga de galos, mais de 50 “produtores de milagres” foram detidos. As promessas de asfalto novo, praças floridas e empregos invisíveis já viraram moeda corrente no submundo eleitoral. O povo, sempre na corda bamba entre o amor à pátria e a desilusão, assiste a essas figuras como quem vê a velha novela das 9: sempre a mesma trama, sempre o mesmo final. Talvez um dia as urnas deixem de ser caça-níqueis de sonhos quebrados. Quem sabe?

Enquanto isso, no grande palco da política aracajuana, os candidatos à Prefeitura debatiam sobre a educação como quem discute a receita de um bolo que nunca foi servido. A educação, ah, essa palavra mágica que enche discursos, mas que raramente enche a barriga de quem está na sala de aula. Entre promessas de melhorias, fico aqui imaginando: será que essas promessas vão passar de meras palavras ou vão ser engolidas pelo tempo, assim como as páginas dos velhos livros esquecidos no fundo das estantes?

Em uma manobra digna de filme de ação, caminhonetes agora poderão ser táxis. Um decreto do prefeito Edvaldo Nogueira transformou o transporte em Aracaju num verdadeiro quebra-cabeça. Imagino as caminhonetes rodando pela cidade, como heróis de filmes de faroeste, resgatando passageiros nas estradas da capital sergipana. Será que, ao menos, o destino será o lugar que o povo merece?

Enquanto isso, do lado mais sombrio da internet, a rede social X pede ao STF que a libere novamente. Após pagar R$ 28,6 milhões em multas, parece que tenta voltar como um fantasma que não aceita ser exorcizado. Mas será que a X vai mesmo mudar, ou só quer continuar no jogo sujo, onde a manipulação e a desinformação são as regras de ouro?

E, enquanto uns lutam para voltar ao jogo, outros se despedem da cena. Cid Moreira, o grande locutor, que por décadas nos embalou com sua voz firme e reconfortante, partiu. Aos 97 anos, sua partida não foi apenas o fim de uma vida, mas o fechamento de um capítulo importante do jornalismo brasileiro. Levado a Taubaté, é como se sua voz ecoasse uma última vez, despedindo-se de nós, mortais, que ainda nos surpreendemos com a fragilidade da vida.

Por fim, nas altas nuvens dos bilhões, Zuckerberg desbanca Bezos e assume o segundo lugar no Olimpo dos ricos. US$ 206 bilhões é o número que o separa de nós, meros mortais que lutamos para pagar as contas do mês. A ascensão de Zuckerberg nos lembra que, enquanto uns correm atrás de migalhas, outros têm o poder de mover o mundo com o deslizar de um dedo sobre a tela.

E assim, em meio a promessas vazias, decretos inusitados, despedidas emocionantes e cifras astronômicas, o Brasil segue. Com suas contradições, ironias e o eterno jogo de luz e sombra. Quem sabe, amanhã, o povo possa finalmente fazer seu “checkmate” na história. Afinal, estamos todos em um tabuleiro onde os peões ainda sonham em virar reis.

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Essas foram as notícias de um Brasil onde a realidade parece sempre caminhar entre a tragédia e a comédia, entre o sonho e o pesadelo. Vamos seguindo, tropeçando nas metáforas e na ironia dos fatos, porque, afinal, rir é um jeito de sobreviver.