CRÔNICA

Crônicas em homenagem a Ivanildo Souza ( O poeta Afamado )

Crônicas em homenagem a Ivanildo Souza ( O poeta Afamado )
Publicado em 19/09/2024 às 1:05

CRÔNICA 1

Ivanildo Souza de Jesus, o Poeta Afamado, é como uma árvore frondosa que cresceu no chão árido do sertão sergipano, mas cujas raízes profundas se alimentam da cultura popular e da simplicidade das feiras e das escolas. Assim como o rio Japaratuba que serpenteia pela sua terra, Ivanildo desliza suas palavras em versos, irrigando o imaginário de quem o lê com a força da literatura de cordel.

Filho da roça, Ivanildo cresceu entre a poeira do chão e os sonhos dos livros que seu pai trazia da feira, como sementes de uma colheita futura. Não demorou para que os primeiros versos brotassem, feito capim resistente, e logo sua poesia ganhasse vida, enraizando-se na cultura sertaneja. Seus versos rimados, talhados na lida do cotidiano, tornaram-se a voz de quem, como ele, vive e sente o sertão.

O primeiro livreto em 2014 foi como uma florada tardia, mas esperada, reconhecida por Flávio Hora, que lhe conferiu o título de Poeta Afamado, um reconhecimento que ecoa não só em Japaratuba, mas em todo Sergipe. A cada novo poema, Ivanildo constrói pontes invisíveis entre o presente e o passado, entre o campo e a cidade, e sua trajetória, como um rio que deságua no mar, se mistura às histórias de tantos outros poetas populares que fizeram da palavra seu lar.

Nos seus sete livros, assim como nas parcerias com poetas de várias partes do Brasil, Ivanildo revela o poder da coletividade, um cordelista que soube transformar a arte em união, o verso em uma espécie de laço que abraça culturas e vivências. Em suas homenagens, seja para os que estão ou para os que partiram, suas palavras são cantigas de respeito, uma reverência à vida em cada linha, como uma benção dada com as mãos calejadas pela poesia.

Ao receber o título de Mérito em Saberes e Fazeres pela Universidade Federal de Sergipe, Ivanildo se tornou mais do que um mestre do cordel. Ele se transformou em uma ponte viva entre a tradição e o futuro, um guardião da cultura popular, um tronco forte que suporta os ventos da modernidade sem perder a essência.

Assim como os poetas de outrora, Ivanildo canta o sertão, os causos e as cavalgadas, a vida e a morte, mas também o que está por vir, como um profeta que, em seus versos, encontra a eternidade. E o Poeta Afamado segue, como um vento manso que percorre os campos de Sergipe, levando consigo o som da cultura, o ritmo da história e a melodia de um povo que jamais esquece suas raízes.

CRÔNICA 2

Ivanildo Souza de Jesus, o Poeta Afamado, é como um rio sergipano que nasce tímido nas feiras de Japaratuba, mas logo cresce em força, espalhando-se pela cultura nordestina. Assim como os cordéis que deslizavam das mãos calejadas de seu pai, Ivanildo também tece versos que fluem com a leveza do sertão e a profundidade das raízes da roça.

Tal qual uma árvore frondosa, plantada no solo fértil de Japoatã, ele cresceu sob o sol ardente da poesia popular, lançando sementes que germinaram nos festivais, nas escolas e nas ruas. Cada rima sua é como um fruto doce e maduro, colhido pelas mãos de quem busca no cotidiano o encanto das palavras. E foi assim, passo a passo, verso a verso, que Ivanildo se tornou afamado, reverenciado não só em sua cidade, mas em todo o Estado.

Seus poemas, como a caatinga depois da chuva, brotam da terra seca e florescem. O “Brasil Quinhentos Anos” foi seu primeiro jardim literário, e desde então, ele não parou de plantar. A cada livreto, a cada cordel, ele vai semeando cultura, deixando que o vento leve suas palavras por Japoatã, Japaratuba e muito além.

Em 2019, foi coroado como o mestre que sempre foi, recebendo o reconhecimento dos pares e dos leitores. Como um cacto que sobrevive e floresce em meio às adversidades, Ivanildo mostra que a poesia é resistência, é beleza no meio do árido, é um canto de esperança em cada clamor sertanejo.

Mas Ivanildo não é apenas um poeta de cordéis; ele é o cronista das emoções do povo. Seja na homenagem a um aniversariante ou na despedida de quem partiu, suas palavras são como trilhas que conduzem o leitor pela memória afetiva, como um vaqueiro que conduz o gado pelas veredas do coração.

E assim, o Poeta Afamado continua sua jornada, com o mesmo vigor com que o sertanejo levanta a enxada ao amanhecer. Seus versos, como a voz do povo, são eternos. Ele é o sertanejo que planta poesia, colhe aplausos e continua a fazer da vida um grande e belo cordel.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE