CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 07 de setembro de 2024
"O Brasil Desfila: Entre Notícias , Promessas, Labirintos e Esperança"
Abram as janelas para as notícias do dia 07 de setembro de 2024 dia dos 202 anos de independência do Brasil
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE
Em Japaratuba no interior de Sergipe, o coração da cidade pulsou mais forte no 7 de setembro, como se cada passo dos estudantes fosse uma batida ritmada em sintonia com os ventos da independência. O povo se aglomerou nas ruas, vibrando com o desfile que mais parecia uma reencenação épica da liberdade, onde a Avenida Otávio Acioly Sobral se transformou em um teatro ao ar livre, e o céu, em um telão iluminado pelo fervor cívico. Ah, Japaratuba, tu és uma gigante quando se trata de amor à pátria.
Enquanto isso, na capital Aracaju, o governador Fábio Mitidieri assistiu ao desfile como um maestro que tenta reger uma sinfonia com músicos fora de compasso. Ali, na Avenida Barão de Maruim, as escolas e militares marchavam como se estivessem ensaiando para um espetáculo que já vimos mil vezes, mas que continua a nos encantar — ou a nos distrair. A multidão aplaudia, talvez mais pelo barulho das bandas que pela reflexão sobre o verdadeiro significado de independência. Será que somos mesmo livres ou apenas marchamos ao som de um tambor que nunca escolhemos tocar?
Enquanto isso, em Brasília, o presidente Lula celebrava o Brasil como o líder do G20, um anfitrião que tenta servir um jantar requintado enquanto a cozinha ainda está em chamas. Homenagens ao Rio Grande do Sul, Zé Gotinha e os heróis olímpicos… Parecia mais uma tentativa de fazer com que a pátria amada voltasse a se enxergar no espelho.
Já na Paulista, o ex-presidente canalha e golpista Bolsonaro resolveu transformar o palco cívico em um tribunal de anistia, pedindo perdão para seus camaradas condenados. Como um mágico de praça que tenta fazer desaparecer o coelho da cartola, ele implora: “Perdão, senhores, por favor, façam de conta que nada aconteceu!” E ainda acusa Alexandre de Moraes de ditador, o que soa tão absurdo quanto um palhaço acusar o público de não entender a piada. O cretino Malafaia o falso Pastor, com seu discurso inflamado, mais parecia um vendedor de milagres baratos, oferecendo a solução divina para a justiça dos homens. Ah, se ao menos fosse engraçado… Mas é apenas uma triste comédia de erros.
No cenário internacional, Nicolás Maduro decidiu que o Brasil não deveria mais tomar conta da embaixada Argentina. Parece que, na Venezuela, o teatro do absurdo não tem fim. A diplomacia se transformou em um jogo de xadrez onde as peças são movidas por capricho e não por estratégia. E nós, espectadores, ficamos esperando o próximo movimento de um jogo que nunca quisemos jogar.
Mas nem tudo são tragédias ou farsas. O cinema brasileiro, com “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, provou que ainda há talento e emoção capazes de brilhar no palco internacional. Veneza nos aplaudiu, e por um momento, a arte nos fez acreditar que ainda estamos aqui, que podemos ser mais do que o reflexo distorcido de nossas próprias falhas. Brasil tem melhor dia da história em Paralimpíadas, bate recordes e sobe para sexto no quadro o Brasil vai ao pódio 16 vezes no dia e, com seis títulos, bate recordes de ouros e de medalhas no geral; top 5 pode vir com a canoagem no domingo
E como cereja do bolo, a Seleção Brasileira, recém-saída de uma vitória contra o Equador, recebeu o carinho dos torcedores como se fosse um bálsamo para nossas feridas nacionais. Porque, no fim das contas, o futebol, como o próprio Brasil, é uma eterna promessa. Promessa de alegria, de redenção, de que um dia, talvez, as coisas voltem a dar certo. E é nesse sonho que o povo se agarra, assim como Japaratuba se agarra ao seu desfile cívico, acreditando que, por trás de cada marcha, de cada bandeira, de cada grito, há a esperança de que a verdadeira independência está por vir.
O Brasil, ainda que dividido, ainda que em chamas, ainda que perdido em seus próprios labirintos, continua desfilando, como um gigante adormecido, esperando o dia em que acordará para sua verdadeira grandeza.