CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 06 de setembro de 2024

Enredo de noticias em metáforas rodoviárias, militares e diplomáticas

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 06 de setembro de 2024
Publicado em 07/09/2024 às 14:14

As principais manchetes do dia 06 de setembro de 2024

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


Nas rodovias sergipanas, cavalos e bois viraram celebridades rebeldes. Passeiam pelas estradas como se fossem as estrelas de um desfile de moda country, enquanto o MP decide que está na hora de tirar os astros da passarela de asfalto. “Vamos apreender os modelos bovinos e equinos!”, dizem. Claro, porque quem não quer um desfile de animais mantidos em “locais apropriados”, com comida e abrigo dignos de uma estada cinco estrelas, ao menos até seus donos sentirem o gosto amargo das sanções? Parece que agora teremos um reality show nas estradas: “Resgate Animal: A Batalha das Rodovias”. E que vença o animal mais resistente!

Enquanto isso, o Plano Safra da Agricultura Familiar foi lançado em Aracaju. E quem disse que a terra não tem suas exigências? O solo sergipano, coitado, já fez seu pedido: “Por favor, me deem nutrientes decentes e menos veneno, que eu prometo retribuir com milho, feijão e muita fartura!” Mas, com a agricultura, nunca se sabe. Plantamos sonhos, colhemos incertezas. Que o próximo ciclo seja de menos promessas e mais feijão no prato!

E no estado de Alagoas, o prêmio do “melhor azarado do ano” vai para o cidadão que decidiu exibir seus R$ 100 mil como se fosse troféu em rede social. Num piscar de olhos, o dinheiro virou poeira. Sequestrado no povoado de Chinaré, o pobre exibicionista teve uma aula prática sobre a lei da atração, versão criminosos. Claro, o saldo final: R$ 60 mil a menos, uma história para contar, e nenhum bandido atrás das grades. Moral da história: quem exibe fortuna, acaba fazendo caridade involuntária.

Falando em caridade… o Brasil, num ato quase inédito de diplomacia militar, resolveu brincar de “exército da amizade” com as tropas chinesas. Goiás se transformou num palco de exercícios onde, pela primeira vez, mulheres fuzileiras também entram no jogo. “Jogos Vorazes” versão militar tupiniquim, mas com o twist de tropas estrangeiras. Agora só falta a trilha sonora da “Marcha Imperial” para dar o tom correto.

Por falar em “Marcha Imperial”, o STF finalmente resolveu colocar os pingos nos is: nada de usar dinheiro público para comemorar o tal “marco da democracia” de 64. Parece que a “nova república” está tentando se livrar do passado manchado, mas ainda tropeça nos fantasmas que insistem em puxar o lençol da História. Que a Constituição nos proteja dessas recaídas nostálgicas!

Já no lado mais sombrio das manchetes, Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, pediu para sair. Acusado de assédio, o ex-ministro tentou jogar suas cartas e pediu demissão, provavelmente tentando evitar um xeque-mate público. A política brasileira, como sempre, parece mais um tabuleiro de xadrez onde os peões caem, enquanto os reis e rainhas fazem suas jogadas de bastidores. Que venha o próximo escândalo.

Do outro lado do mundo, o tufão Yagi mostrou quem manda na natureza. Enquanto nós discutimos sobre rodovias, assédios e exercícios militares, Yagi limpou o tabuleiro na China, deixando mortos, feridos e mais de um milhão de pessoas sem casa. A natureza, como sempre, joga sem regras. Ela faz seu exercício militar particular, e as tropas humanas só correm para se abrigar.

E para encerrar, temos um enredo que parece tirado de um filme de espionagem: forças de segurança venezuelanas cercam a embaixada da Argentina, agora sob custódia do Brasil. A novela diplomática entre Maduro e seus desafetos argentinos ganhou mais um capítulo, e desta vez com cortes de energia, suspense e, quem sabe, até uma fuga dramática. E o Brasil, sempre em cima do muro, agora tem a chave do prédio. Vamos ver se o capítulo de amanhã traz uma reviravolta ou um final previsível.

E assim seguimos, nesse enredo de metáforas rodoviárias, militares e diplomáticas, onde o humor e a ironia são a única armadura possível para enfrentar a tempestade de notícias que nos atinge diariamente.