CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 03 de setembro de 2024

"Baleias, Hackers e PIB: O Caótico Balé do dia 03 de Setembro de 2024"

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 03 de setembro de 2024
Publicado em 04/09/2024 às 3:43

As notícias do dia 03 de setembro de 2024


Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


O calendário marca setembro, mas o vento quente do Nordeste já sopra notícias de todos os cantos, como um velho cangaceiro a contar histórias para quem quiser ouvir. Primeiro, lá vem a expedição que começou por Sergipe, não para procurar Lampião, mas para estudar as baleias que dançam no oceano. Será que as gigantes dos mares sabem que estão sendo observadas com o mesmo fervor que os devotos de Nossa Senhora de Fátima, que agora podem visitar a santa em Aracaju? Parece que até os cetáceos sabem quando é hora de recuar e quando é hora de avançar, assim como a Starlink, que resolveu dar um passo para trás e obedecer à Justiça brasileira. Elon Musk, o domador de satélites, sentiu o chicote da lei e logo entendeu que não adianta ter o céu nas mãos se a Justiça aqui na Terra resolver puxar a coleira.

Enquanto isso, o STF joga xadrez com os hackers. Eles atacam de um lado, a corte rebate do outro, e o Anatel entra no meio como o juiz que apita um jogo de futebol onde ninguém respeita as regras. É como assistir a uma partida onde o juiz leva bolada, mas jura que está tudo sob controle. No meio dessa bagunça digital, a OAB resolveu jogar seu chapéu na roda, questionando se a multa imposta a quem usa VPN no X é justa ou só mais uma tentativa de impedir que o povo dê aquela “escapulida” das regras.

E, em meio a toda essa confusão, o Brasil faz a coreografia do crescimento econômico: um passo pra frente na indústria e nos serviços, e um tropeço na agropecuária. O PIB, esse balé dos números, cresceu 1,4% no segundo trimestre, mas parece que o agricultor, coitado, esqueceu o ritmo da dança. Enquanto isso, a Venezuela prefere o tango da perseguição política, mandando prender o opositor como quem quer decidir sozinho quem conduz a música no salão.

Lá no Canal da Mancha, o naufrágio dos sonhos de quem buscava uma nova vida virou tragédia, com o mar engolindo vidas sem pedir licença. De um lado, a ambição de cruzar fronteiras, de outro, o peso das águas que não perdoam. E na Ucrânia, o presidente Zelensky se prepara para mais um ato dessa peça trágica que parece não ter fim. Ele anuncia renúncias e mudanças no governo como quem arruma o tabuleiro antes da grande batalha final. É o “outono da vitória”, ele diz, mas o vento frio da guerra parece não dar trégua, e as folhas que caem são vidas que se perdem.

No fundo, o mundo segue seu ritmo caótico, e nós aqui, como as baleias em Sergipe, tentamos navegar nas águas turbulentas dessas notícias. Algumas vezes mergulhamos fundo, outras, só saltamos para pegar um pouco de ar, esperando que o próximo movimento seja menos violento.

E assim seguimos, entre o crescimento e o naufrágio, entre o hacker e o santo, esperando que, no final, reste algo além de metáforas flutuando nas águas da nossa confusa realidade.