GEOGRAFIA

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Publicado em 03/09/2024 às 12:48

Indústria e Agropecuária

Nos últimos anos, uma série de tecnologias avançadas, como robôs, inteligência artificial, realidade aumentada, impressão 3D e a Internet das Coisas (IoT), têm sido integradas aos setores industrial, agropecuário e de serviços. Essa revolução tecnológica, conhecida como Indústria 4.0, envolve a digitalização das etapas de produção e distribuição, controladas por sistemas automatizados e interconectados. Embora ainda não sejam totalmente acessíveis, essas inovações já provocam mudanças significativas nas esferas econômicas, políticas e sociais, com a expectativa de que seu uso aumente nas próximas décadas.

No entanto, a implementação dessas tecnologias no Brasil enfrenta desafios. A maioria das indústrias nacionais ainda segue modelos de produção das Revoluções Industriais passadas, sendo o custo de implantação e a falta de infraestrutura digital e capacitação profissional os principais obstáculos para a adoção da Indústria 4.0. Em resposta, o governo brasileiro lançou a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0 em 2018, visando aumentar a competitividade do país no cenário internacional, melhorar a eficiência e reduzir custos no setor industrial.

Produção Agropecuária

O desenvolvimento industrial, iniciado no século XVIII, também provocou mudanças nas práticas agrícolas. A mecanização, o uso de fertilizantes e agrotóxicos, e a concentração de terras contribuíram para o aumento da produtividade, porém, também ampliaram desigualdades e problemas ambientais. Nos últimos 20 anos, a expansão das terras agrícolas em países emergentes, muitas vezes em áreas de florestas, tem causado a expulsão de agricultores pobres e afetado a segurança alimentar.

No Brasil, a região do Matopiba, que abrange partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é um exemplo dessa nova fronteira agrícola. Grandes empresas transnacionais cultivam culturas como algodão, cana-de-açúcar, milho e soja, muitas vezes negando o acesso das populações locais à terra e aos recursos naturais necessários para sua sobrevivência.

Esse panorama retrata a dualidade entre o progresso tecnológico e seus impactos sociais e ambientais, destacando a necessidade de políticas que equilibrem inovação com sustentabilidade e justiça social.

Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE