CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 01 de setembro de 2024

Sentimento Pátrio em Setembro: Entre Memórias, Lutas e Esperanças e um sentimento de amor a Pátria.

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 01 de setembro de 2024
Publicado em 02/09/2024 às 6:27

“Setembro, Entre Lembranças , Glórias, Vitórias e Esperanças: Uma Crônica de Fatos e Sentimentos”

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Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE


Setembro chegou com sua coroa de folhas caídas, anunciando que o verde e amarelo da nossa bandeira estava prestes a ser polido para brilhar na semana da Pátria. Mas o luto também se vestiu de gala, baixando as bandeiras a meio mastro em homenagem à ex-senadora Maria do Carmo Alves. Em Japaratuba, o vento ainda carrega as memórias dos tempos que virão, misturadas às cerimônias solenes e às despedidas de uma das figuras mais emblemáticas da política sergipana. O fogo simbólico da semana da Pátria foi aceso, mas talvez tenha sido ofuscado por uma chama mais pessoal e silenciosa.

Enquanto Sergipe se vestia de saudade, o Tremendão Itabaianense mostrou que, no campo, só existe uma regra: a bola não pode entrar. Em pleno Amigão, o Itabaiana transformou a defesa em arte, pintando um quadro onde o Treze virou coadjuvante. A Série C é o próximo palco, e o Retrô é o próximo desafio, mas o verdadeiro espetáculo já começou nos corações dos tricolores.

E se no esporte o Brasil brilha, nas Paralimpíadas de Paris 2024 o brilho é mais forte que o ouro. Com a 400ª medalha, o Brasil mostrou que sua força vai além das disputas, alcançando o inédito no tiro esportivo e celebrando cada conquista como se fosse a primeira. André Rocha, com seu disco, não lançou apenas um objeto, mas uma promessa de que não existem limites para quem acredita.

No entanto, enquanto uns celebram, outros sobrevivem. Em Kiev, a paz é um luxo tão raro quanto o sol em meio ao inverno. A Rússia, sempre afiada como uma lâmina fria, atacou novamente, deixando os ucranianos com o fardo de reconstruir o que sobra entre os escombros. Talvez, se houvesse um pódio para a resiliência, Kiev estaria no topo, com medalhas forjadas de destroços e lágrimas.

Se o bombardeio de mísseis soa distante, o bombardeio de insultos no debate da Gazeta em São Paulo é mais próximo, quase familiar. O palco político se transformou num circo de vaidades, onde candidatos mais pareciam palhaços, trocando apelidos como “bananinha” e “tchuchuca do PCC”. Propostas? Ah, essas ficaram para o final, como sobremesa indigesta após um banquete de ofensas.

Enquanto isso, na França, Macron tenta um novo truque de mágica política, consultando a esquerda, a direita, e até os fantasmas de ex-presidentes, numa tentativa de encontrar um primeiro-ministro que sirva. A verdade, porém, é que no grande tabuleiro político europeu, nem todos os peões sabem para onde estão indo.

Do outro lado do continente, a Alemanha sentiu um calafrio com a vitória da extrema-direita em Turíngia. Como um eco distante da história, a AfD marcou seu território, lembrando que velhos fantasmas às vezes precisam de muito pouco para voltar a assombrar.

Por fim, no meio de tanta turbulência, um cachorro em Guariba, São Paulo, nos lembra que a lealdade não tem prazo de validade. Como o lendário Hachiko, “Caramelo” espera por oito anos sua tutora que faleceu, agora apenas uma lembrança na Santa Casa. Entre bombas e medalhas, ofensas e aplausos, é talvez essa espera silenciosa, regada a carinho e um olhar saudoso, que nos lembra do que realmente importa: a fidelidade, seja ela ao coração ou à bandeira.


E assim, entre despedidas e esperanças, setembro vai tecendo sua crônica. Uma trama onde o Brasil ora sorri, ora chora, mas nunca deixa de seguir em frente, com passos firmes, mesmo que às vezes incertos.