CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 28 de agosto de 2024

"O Grande Teatro do Absurdo: Jacarés, Pirâmides e o Jogo das Ilusões no Brasil e no Mundo"

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 28 de agosto de 2024
Publicado em 29/08/2024 às 9:34

“Do Jacaré da Atalaia ao Teatro do Mundo: Um Espetáculo de Promessas, Pirâmides e Política” : Notícias do dia 28 de agosto de 2024

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

Ah, o Brasil, esse terreiro onde o samba e o maracatu dançam de mãos dadas com o caos! Enquanto uns apostam em pirâmides que, na verdade, mais parecem castelos de areia prontos para serem derrubados pela maré, outros se aventuram na Orla da Atalaia, onde o verdadeiro dono do pedaço, um jacaré, resolveu aparecer para lembrar que quem manda naquelas bandas é ele — e não o chefe do grupo de investimentos mirabolantes que promete fortuna instantânea.

E por falar em fortunas, ou melhor, em promessas de fortuna, o cenário político paulista parece mais uma corrida onde Boulos, Marçal e Nunes disputam palmo a palmo quem vai segurar a chave da prefeitura de São Paulo. Enquanto isso, Datena e Tabata, como bons coadjuvantes, assistem a esse circo comendo pipoca, esperando sua vez de entrar no picadeiro. Margem de erro? Que nada! Aqui, a margem é de sorte mesmo, e que vença o mais hábil equilibrista de intenções de voto.

Mas nem só de política vive o brasileiro. Tem também o espetáculo! Não, não é o circo eleitoral, mas o teatro de verdade. O Grupo Imbuaça celebra seus 47 anos no centro de Aracaju, mostrando que, enquanto uns se afundam em fraudes e promessas vazias, a arte resiste e brilha, mesmo sem a necessidade de estarmos em Paris, onde as Paralimpíadas explodem em cores e inclusão, lembrando que o verdadeiro espetáculo é aquele que emociona de verdade.

E por falar em emoções, Musk, o senhor das galáxias digitais, parece que esqueceu que no Brasil o jogo é sério. Moraes, como bom juiz, deu 24 horas para que o bilionário apresente seu peão no tabuleiro tupiniquim, ou então que aguente as consequências de ter seu brinquedo, o X, fora do ar. Ah, Musk, aqui não é espaço para joguinhos, a não ser, claro, o jogo do bicho, que aparentemente também resolveu se modernizar nas máquinas de pelúcia fraudadas. A sorte grande agora é para aqueles que não caem nas garras frouxas dos 171s.

E como se não bastasse, o planeta também resolveu entrar na dança. Terremotos em Guatemala e El Salvador, turbulência em pleno voo nos Estados Unidos e a Venezuela, como sempre, mantendo o recorde de presos políticos, quase como se colecionassem figurinhas de um álbum macabro.

Neste mundo onde até os jacarés da Orla da Atalaia têm mais paz de espírito que os investidores de pirâmide, onde as máquinas de bichinhos nos enganam mais que os candidatos em São Paulo, e onde a arte resiste, nos resta rir, com aquele humor ácido e crítico que só um bom brasileiro sabe usar. Porque, no final das contas, é assim que se sobrevive nesse grande teatro chamado Brasil e mundo.