CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 27 de agosto de 2024

"Sinfonias da Vida: Entre Notas de Luto, Esperança e Desafios"

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 27 de agosto de 2024
Publicado em 28/08/2024 às 13:34

“Sinfonia Desafinada: Notas de Luto, Poder e Esperança nas Notícias do Dia 27 de Agosto de 2024”

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

Na orquestra da vida, onde cada dia compõe uma nova sinfonia, algumas notas desafinadas nos fazem parar e refletir. O maestro Demario da Serraria, com sua batuta agora silenciada, regia as melodias da simplicidade em Japaratuba. Seu último concerto ecoou em um silêncio solene, onde cada lágrima derramada se assemelhava a uma nota final de uma obra-prima inacabada.

Pirambu, por sua vez, assistiu ao apagar precoce da chama de Vitor, um jovem guerreiro que, em um campo de batalha injusto, lutou bravamente contra um inimigo invisível e impiedoso: o câncer. A cidade, em luto, sentiu o peso do inevitável, como se uma nuvem escura tivesse coberto o céu ensolarado da esperança.

E em São Paulo, o campo de jogo transformou-se em um palco trágico. Izquierdo, do Nacional do Uruguai, viu seu coração parar de bater . O zagueiro talentoso, que deveria florescer por décadas, foi arrancado pela raiz em um instante, deixando para trás uma família e uma torcida desolada, como se o destino tivesse decidido interromper o jogo no seu clímax. O Atleta foi internado na última quinta-feira (22) após passar mal em jogo contra o São Paulo pela Copa Libertadores. Boletim médico apontou morte encefálica depois de parada cardiorrespiratória. Juan estreou no profissional em 2018, era casado e tinha dois filhos. Diante de tantas notícias tristes temos uma boa notícia A professora e doutora em Geografia, Maria Augusta Mundim Vargas, lançou o livro intitulado “Cultura e Patrimônio – paisagens festivas sergipanas”. O evento ocorreu no Museu da Gente Sergipana, em Aracaju.

Enquanto isso, em Nossa Senhora do Socorro, a justiça fez seu movimento. Em um tabuleiro de xadrez onde o crime tenta sempre estar um passo à frente, a prisão de um suspeito de tráfico é como capturar uma peça importante, embora a partida continue. Drogas, balanças de precisão, um veículo… peões do lado obscuro que foram retirados do jogo, mas que infelizmente sempre parecem ser substituídos por outros.

Por outro lado, em um universo paralelo onde as dificuldades são contornadas por quantias astronômicas, mais cinco brasileiros adentraram o olimpo dourado da Forbes. Ricardo Castellar de Faria, Maria Cristina Frias, João Annes Guimarães, Consuelo Andrade de Araújo e José Mario Caprioli dos Santos agora observam o mundo de um pedestal de bilhões. Nesse jogo, onde o objetivo é acumular o máximo de riquezas, os novos bilionários são como personagens de um videogame que desbloquearam o nível final. Mas será que, em suas torres de marfim, conseguem ouvir os sons abafados das lágrimas, dos lutos e das lutas diárias que ecoam do lado de fora?

E, em meio a tudo isso, o Irã acena com uma bandeira de negociação para os Estados Unidos, um gesto que parece uma dança cuidadosa entre inimigos antigos. O Aiatolá, mestre na arte de equilibrar espadas afiadas, sugere que talvez, só talvez, seja possível encontrar uma melodia comum em meio ao caos de suas dissonâncias históricas.

Enquanto isso, o Exército brasileiro abre inquérito sobre militares envolvidos em uma carta golpista, uma trama digna de novela. Em um país onde o passado insiste em assombrar o presente, esses militares são como fantasmas tentando puxar as correntes do passado para um futuro que se recusa a ceder.

Neste cenário, onde tragédias pessoais se misturam com as tramas de poder, e onde a justiça e a riqueza seguem suas danças complexas, fica a questão: em que parte dessa sinfonia desafinada nós tocamos? Estamos apenas ouvindo passivamente ou seremos capazes de afinar as cordas de nossa sociedade para criar uma melodia mais harmoniosa?

Talvez, no final, sejamos todos maestros, cada um com sua batuta invisível, tentando conduzir nossas pequenas orquestras em meio ao caos diário. Que a música continue, mas que possamos escolher as notas com mais sabedoria, para que os acordes do futuro soem menos tristes e mais esperançosos.